domingo, 22 de novembro de 2009

her heels so high and my hopes so low

2009 já está acabando, e, mesmo sabendo que agora não é o momento ideal para escrever um desses textos-de-fim-de-ano (não só porque ainda estamos em novembro, mas também porque estou cheia de provas e trabalhos e deveria é ocupar meu tempo estudando - ou dormindo), eu sinto que preciso escrever sobre algo que marcou , hoje e em muitas outras sextas e sábados que passaram, o ano de 2009: as festas de 15 anos.
Foram tantas festas durante o ano, que meio que virou rotina - tem até uma coisa, de eu sempre, quando chego em casa depois das festas, lavar meu pé no bidê com sabonete de côco, botar uma meia e fazer uma faxina no meu quarto antes de dormir. Mas hoje, depois de lavar o pé, deixei minha bagunça em cima da mesa e resolvi escrever.
Isso porque, ao mesmo tempo em que, ao longo do ano, eu me acostumei a essas festas, eu também já me acostumei a me sentir, sinceramente, uma merda depois da maioria delas.

Eu sei que não deveria. Festas deveriam ser divertidas. Para a maioria das pessoas, são. Sabe, é para eu lembrar delas quando eu for velhinha. Quando eu lembrar da minha juventude.
Mas é que, vários adolescentes inseguros (que fingem não ser inseguros) reunidos em um lugar, bebendo e dançando Lady Gaga desajeitados e com vergonha do que os outros vão pensar, sei lá, simplesmente me parece ridículo.
Não que eu, pessoalmente, não seja tímida e não tenha vergonha do que os outros possam pensar. Às vezes eu tenho é impressão de que está estampado na minha testa, SOU INSEGURA, ou, ESTOU ME SENTINDO HUMILHADA MAS ESTOU FINGINDO QUE NÃO ESTOU. E eu bem que queria me enganar e acreditar, pelo menos, que eu sei fingir não ser insegura que nem todos esses adolescentes aí.

Sei lá. O que eu mais queria era sentar e conversar com alguém interessante. Não ficar no meio de um bando, sendo pisada por saltos agulha e molhada por pessoas que já nem se dão conta de que estão segurando um copo.
Eu não consigo me divertir em situações assim. Minha mente não deixa.

Quem sabe isso foi um pouco íntimo demais para escrever aqui, mas o que eu vou fazer? Eu achava que precisava escrever sobre isso.
Depois de muitas madrugadas de faxinas repletas de reflexões, essa foi a minha conclusão.

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