segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

and they're sitting all around you
holding copies of your chart
and the misery inside their eyes is
synchronised and reflecting it to yours

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Eu me lembro de um capítulo do meu livro de inglês da sétima série onde os textos de estudo (você sabe, todos os capítulos de livros de inglês têm textos de estudo) eram cartas entre “pen-friends”.
Pen-friends parecem ser interessantes. Eu gosto da idéia de falar sobre os problemas da minha vida com alguém que não faz parte dela diretamente.
E, mesmo agora me dando conta de que eu tenho muitas amigas que moram fora do país e não fazem parte da minha vida diretamente, com quem troco e-mails e cartas; e de que agora passei a frequentar semanalmente (frequência que será interrompida, agora durante as férias de verão, mas bom) uma nova psicóloga, que também não faz parte da minha vida diretamente, mas com quem converso sobre tudo; eu realmente adoraria trocar cartas com alguém que nunca vi, com alguém que nunca me viu.
Isso não deve ser super legal?
Deve existir um site para isso.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

500 DAYS OF SUMMER

E eu ainda tenho que escrever sobre o que achei do filme!
Bem, não foi o que eu esperava. Não foi de verdade.
Eu esperava que fosse um daqueles filmes que são duas horas de felicidade, daqueles que te fazem sair do cinema sorrindo, cantando.
Mas, sinceramente, o filme foi mais como um tapa na cara, me fazendo voltar à realidade, do que qualquer outra coisa.
Não que isso não tenha me deixado feliz.
Não sei como, eles ainda conseguiram fazer com que um tapa na cara, te fazendo voltar à realidade, ficasse leve e bonito, te dizendo de maneira cuidadosa e empática, "então, não se preocupe, nós todos passamos por isso, é o ciclo da vida, e você pode começar tudo de novo, e só depende você, e nós sabemos que você vai conseguir, e além de tudo isso escolhemos uma música legal para os créditos."

O narrador já tinha dito, "You should know upfront, this is not a love story. It's a story about love."
E, só depois de acabar o filme, percebi que 500 dias com ela são 500 dias com ela, e não o resto da minha vida com ela.


Zooey, sempre concordo com você.

"and everything looks perfect from far away..."



Achei uns vídeos do Ben Gibbard cantando músicas acústicas do Death Cab For Cutie e Postal Service (e também do Michael Jackson, haha) nos meus vídeos recomendados do youtube, e adorei essa versão de Such Great Heights, meio MEIGA.
Aliás, li esses dias que ele já se casou com a Zooey Deschanel. Poxa, que filhos legais esses dois vão ter.

Ah, hoje fui na psicóloga!
Foi bom.
Fui no dentista também.
Foi desagradável.
Odeio tanto fazer limpeza e não poder cuspir minha saliva. E ela põe aquele caninho, que deveria sugar minha saliva, mas não funciona! É agoniante.
"So he said, ‘Would it be all right, if we just sat and talked for a little while, if in exchange for your time, I give you this smile?’ "

domingo, 6 de dezembro de 2009

43

Sempre quando é verão e você dorme de janela aberta / esquece de colocar o repelente na tomada, os pernilongos obvia e logicamente se aproveitam da sua falha para se alimentar.
O que normalmente acontece, é você acordar com uma coceira um tanto quanto desagradável na perna inteira, às vezes também no braço, e tudo mais.

Quando você mora em Curitiba, e, mesmo sendo dia 5 de dezembro, está uma noite estranhamente fria, principalmente em comparação ao dia, você se cobre para dormir.
Eu, pessoalmente, à noite sou muito friorenta, e a noite passada, me cobri até o nariz.
O que não impediu os pernilongos do meu quarto de "fazerem a festa", como disse minha mãe, não só na minha testa e no meu nariz, mas também no meu olho.
Acordei às 9h da manhã impressionada com meu olhar sedutor.

Sim, essa sou eu.

sábado, 5 de dezembro de 2009

random / filmes

MEU DEUS, achei essa foto na internet esses dias, e me deu uma coisa HORRÍVEL, um calafrio, uma coisa no coração. Essa bruxa era a coisa que eu mais tinha medo quando eu era pequena, e cada vez que eu vejo essa foto me dá uma coisa ruim. Eu provavelmente nem deveria colocá-la aqui, mas é que bem, eu quis compartilhar com alguém esse sentimento.
Hoje assisti Prête-Moi Ta Main, um filme francês-meio-tentando-ser-americano mas que eu até que gostei. O que eu mais adorei, na verdade, foi a Charlotte Gainsbourg, que no começo parece feia, mas vai ficando bonita com o decorrer do filme e é muito charmosa. Além disso, ela é super magra e não tem peitos, o que achei muito legal, afinal ela é charmosa mesmo assim. Aliás, a mãe dela também não tinha peito e era linda. Não a mãe do filme, a mãe da vida real.

Ah, e amanhã, VOU ASSISTIR 500 DAYS OF SUMMER!

teorias

(sobre o post anterior - Sentimental Heart)
  • Acho que eu, na verdade, sou as duas coisas.
  • Acho que as pessoas fingem, sim, e que eu me incluo nisso. Mas me dei conta de que eu não fingi ser uma menina alegre e social na sétima série. Me dei conta de que eu era, genuinamente, uma menina alegre e social, e que isso era porque eu finalmente tinha amigas depois de um ano triste e solitário, e gostava da minha escola - apesar da comida terrível da cantina -, e gostava do inverno frio, e de todas as outras estações bem definidinhas, e do estilo das pessoas, e das ruas bonitinhas, e de muitas muitas muitas outras coisas.
  • Acho que eu nunca fingi ser uma pessoa divertida.
  • Acho que ninguém consegue simplesmente fingir ser uma pessoa divertida.
  • Acho que eu sou uma pessoa divertida, às vezes, e outras vezes não sou.
  • E acho que isso provavelmente é normal. Claro que sim. Isso é completamente normal.
  • Acho que o que eu preciso mesmo, e separar melhor meu Dr. Jeckyll e o meu Mr. Hyde, porque tem algumas características minhas - das quais eu gosto - que foram "categorizadas" como Mr. Hyde, e fico fugindo delas sem razão.
  • Uou, adorei essa metáfora que eu acabei de fazer.
  • Ah, eu adoro macarrão.
  • Não, esses últimos 2 pontos não foram teorias.
  • Mas e daí?

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

sentimental heart

Acabei de ler um texto que eu já tinha esquecido que tinha escrito, no meu antigo blog.

Era do começo de 2008, mas sobre meu primeiro ano na França, 2005.
Era sobre como eu era apaixonada por um menino chamado Lars - com quem eu nunca tinha tido coragem de falar - e sobre como eu era triste e solitária, por eu falar francês muito mal e não conseguir conversar direito com ninguém, por eu falar demais sobre meus sentimentos - fossem eles meu amor por Lars ou a raiva que sentia por uma menina que paquerava ele - e, é claro, pelo fato de que esse menino não gostava de mim, e achava graça em tudo o que aquela outra menina falava.

Bem. Não era sobre isso que eu queria falar. É que os sentimentos meio que voltaram. Foi uma fase difícil para mim. É difícil ter onze anos. Ainda mais sob estas adoráveis circunstâncias.

De qualquer jeito, o que eu queria dizer é que eu estava pensando sobre como, no final daquele texto, eu falei sobre o fato de eu ter abandonado alguns dos meus hábitos quando começou meu segundo ano fora do Brasil; sobre como decidi me "descomplexar", fazer amigos e abandonar meu iPod e meu diário nos intervalos da escola.
Me pareceu uma boa decisão, na época.
Mas agora, eu não sei exatamente.

Durante todo o meu segundo ano na França, ou uma boa parte dele, eu estive acompanhada. No ano seguinte, arranjei o meu primeiro namorado. Depois, arranjei o meu segundo, do qual já falei um bocado (Felizmente, só no meu antigo blog. Já faz algum tempo que eu finalmente o esqueci)

Voltei para o Brasil em 2007, o que interrompeu não só o que era para ser o meu terceiro ano na França, mas também meu "primeiro namoro sério" (não sei por que coloquei entre aspas, porque, mesmo eu tendo 13 anos na época, aquele foi meu primeiro e último namoro sério) (não último porque eu nunca mais vá ter um namoro sério, mas sim porque não tive nenhum namoro sério desde então).
Mesmo me sentindo horrível e querendo voltar para a Europa, onde eu me sentia bem e aonde já tinha criado novos hábitos - que definitivamente não combinavam com os hábitos das pessoas daqui -, eu continuei sendo uma pessoa aparentemente alegre e social.
Quem sabe porque eu tinha um namorado (mesmo à distância, achávamos que íamos conseguir, sabe, manter o relacionamento) (haha). Quem sabe porque alguma parte minúscula, minúscula mesmo, de mim estava animada em começar tudo de novo. Ou quem sabe porque eu realmente gostava de passar essa imagem para as pessoas, o que eu acredito ser a possibilidade mais válida das três. Se bem que a possibilidade 1 também é lógica.

Bem, aqui no Brasil, foi assim por um tempo.
Consegui manter essa imagem de menina alegre e social durante meio ano, e, mesmo tendo sido muito difícil para mim, eu não acredito que tenha sido algo do qual possa me orgulhar.
Porque, depois que esse meio ano acabou, o meu eu-sofredouro-da-sexta-série voltou, e com ele, todos aqueles hábitos que estiveram escondidos bem no fundo de mim por tanto tempo.
Ao perceber o que estava acontecendo, minha primeira reação foi querer fugir daquilo de novo. Para mim, ser tudo aquilo que eu era na sexta série - mesmo extremamente sentimental sendo a única caracterísitica na qual consigo pensar, eu sei que eu era muitas outras coisas, boas, ruins, e tanãnã - significava não ter amigos, ser sozinha, triste, sem ninguém.
Mas será que eu estava certa? Será que fugir disso era a melhor solução? Às vezes eu me sinto como se aquilo, o eu-sofredouro-da-sexta(-e-também-da-oitava)-série, fosse simplesmente eu.

É que também, às vezes, e muitas vezes, eu não entendo na minha cabeça que é assim, que as pessoas fingem e se mostram diferentes do que elas "realmente são".
Mas é assim sim, e acho que não adianta eu passar a vida inteira sendo verdadeira se isso quer dizer que eu tenho que estar sozinha.
E me dói, pensar isso. Eu quero ser verdadeira. A maior parte do tempo, eu acho que eu sou.
Isso me deixa feliz comigo mesma.
Mas eu cansei de ficar sozinha. Será que isso é ruim? Cansar de ficar sozinha? Estou entediada de mim mesma. O que que eu posso fazer? Nada está me animando. Eu estou ficando desesperada. Acho que não consigo mais escrever. Acho que eu não vou conseguir explicar nada do que eu estou sentindo quando for para a psicóloga, e não consigo fazer com que os tópicos que eu estou anotando antes da minha consulta - para não esquecer NADA quando estiver lá, o que acontecia muito quando eu ia no meu outro psicólogo - façam sentido.

Ah.
E acho que estou de TPM.
E com uma vontade louca de comer macarrão.

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

"I’m far from fearless. I’m afraid of everything. But maybe when you’re afraid of everything, it sort of seems like you’re scared of nothing."
Natalie Portman

Às vezes eu queria ser a Natalie Portman.
E, mesmo sendo só às vezes, ultimamente até que isso tem acontecido com frequência.
Aliás, quero muito ver o novo filme dela.

Ainda estou citadora de frases.
Mas marquei psicóloga para semana que vem. Quem sabe isso me ajude a voltar a escrever.
E a apreciar de verdade o fato de eu ser eu.
Não que eu não aprecie, é claro.
É só que não é o tempo inteiro.
Se bem que isso deve ser normal.
Eu também não quero ser a Natalie Portman o tempo inteiro.

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Ei rebso miari misai, passei algum tempo tentando decifrar seu nome, não consegui.

Mas o que eu queria te dizer era que, ultimamente, só consigo escrever às vezes, bem às vezes.
E é horrível, e eu odeio isso, mas o que eu posso fazer?!
Tentar, provavelmente.

Mas é que agora não vai dar. Apesar de já ser dezembro, eu ainda tenho 6 dias de aula e 11 provas. Estou morrendo de cansaço, fico sem ar e tonta só de subir a escada de casa e não suporto mais ouvir meus professores tentando animar todo mundo e dizendo "Vamos lá, galera, é a reta final" ou "Não morram na praia".
Agora não vai dar também porque prometi para mim mesma que hoje à noite, só vou poder comer bolo de chocolate se tiver feito 10 páginas de exercícios de física e feito resumos de sociologia e história. Então eu deveria me apressar para fazer essas coisas. Só consigo pensar naquele bolo.

Aliás, ultimamente, só tenho conseguido pensar em comidas.
No meio da aula, me dá vontade de comer alguma coisa, e é horrível (às vezes até sinto o cheiro daquela comida, e é claro que é psicológico, mas me dá mais e mais vontade de comer aquela comida, e isso é um tanto quanto agoniante.)
Mas, mais cedo ou mais tarde, ou eu começo a prestar atenção na matéria e a esquecer disso, ou deito a cabeça no meu estojo - que é extremamente fofo, eu devo dizer - e durmo.
Então, bem, toda essa agonia acaba nem durando tanto tempo assim.

Ah, e falando em psicológico ali em cima, arranjei uma psicóloga para eu ir. Vou ligar para lá hoje. Aliás, essa é outra coisa que eu tenho que fazer hoje à tarde para poder comer aquele bolo à noite. Acho que eu deveria mesmo ir.

PS: Não sei bem se eu posso dizer que consegui escrever, mas eu meio que tentei, e meio que acho que posso dizer que pelo menos compartilhei fatos aleatórios sobre a minha vida, e isso foi interessante.