segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

sobre a felicidade (e ela é confusa)

Felicidade e medo, duas coisas que estão sempre juntas, sempre relacionadas.

Quem sabe isso seja a vida.
Quem sabe a vida seja o fato de termos medo.
Quem sabe o que nos diferencia uns dos outros é a maneira como decidimos encarar os nossos medos.

O que eu sinto, é que a maioria do tempo, eu fujo da felicidade, porque não quero sentir que tenho tudo a perder.
Não quero sentir que, da noite para o dia, tudo aquilo que eu gostava, tudo aquilo que me dava prazer, pode acabar.

Lembro de uma viagem que fiz para a Inglaterra, quando eu tinha uns 12, 13 anos. Comprei um creme muito bom lá, que além de ajudar minha pele, era cheiroso. Eu, em vez de comprar um estoque de creme, como eu faria agora, voltei para casa com só um potinho dele.
Potinho que eu acabei nunca usando, pensando que eu tinha que economizar o creme para depois.
MAS PARA QUÊ?
Usar agora, usar depois. Um dia vai acabar. Um dia vai sair da validade.
Na verdade não sei se esse tipo de creme tem uma data de validade.
Provavelmente não.
Argh, não sei se essa metáfora deu muito certo, mas o que eu queria dizer é que, ah, a tristeza é tão mais aconchegante. É tão mais fácil não ter nada a perder.
Mas será que isso é viver?

Me faz até pensar, o que é ser feliz? por que as pessoas querem ser felizes?
Quem sabe seja só porque é mais difícil.
Quem sabe difícil seja bom, afinal.

O negócio é que não dá para comprar, nem obter de maneira nenhuma, um estoque de felicidade.
O negócio é que, além de ser difícil, do nada ela pode, mesmo, ir embora.
Ela pode te deixar ali, de volta para a zona de conforto.
ZONA DE CONFORTO MY BALLS.
Vamos ir lá fora e tentar.
Porque a zona de conforto é uma merda.


SADNESS IS EASIER BECAUSE IT'S SURRENDER.
I SAY: MAKE TIME TO DANCE ALONE, WITH ONE HAND WAVING FREE!
- Claire Colburn em Elizabethtown

Um comentário:

  1. Felicidade é o estado temporário em que sentimos que nada nos falta.”

    :)

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