domingo, 4 de julho de 2010

Eu li no meu livro "A Saúde das Preguiçosas" (juro que tenho esse livro, mas é em francês, "La Santé des Paresseuses") que a noite é o pior momento para você parar e refletir sobre sua vida, sobre seus problemas. Sei que isso parece não ter muito a ver com saúde, mas, no livro, a Anita Naik (é a autora, and I just really like her name) passa bastante tempo falando sobre stress, sobre como ele afeta nossa saúde, e sobre maneiras eficazes de evitá-lo, como, por exemplo, pensar nos seus problemas pela manhã, e não pela noite, já que você estará menos cansado e acabará pensando em menos coisas estressantes.
Bem, agora é 1h20 da manhã, é noite, sábado à noite, acabei de deitar na minha cama e, quinze minutos depois de desligar a luz, acendi ela de novo, levantei e fui à procura de um caderno e de uma caneta.
É engraçado, porque a noite, o período do dia onde você, segundo a senhora Naik, se estressa com mais facilidade por estar cansada, o período do dia onde você deveria evitar sentar e ficar pensando sobre sua vida, é o período do dia em que eu me sinto mais inspirada para sentar e escrever.
Quem sabe é a escuridão lá fora, o silêncio (pelo menos aqui, dentro do condomínio), ou o fato de todo mundo aqui em casa já estar dormindo. A noite me inspira. Ter um caderninho em cima do meu criado-mudo sempre me fez bem. E, quando escrevi meu livro, em 2008, era sempre à noite que rendia mais. Aliás, acho que eu escrevia à noite.

Bem, já estou quase no fim de uma página do meu caderno de química do ano passado, agora, e, para falar bem a verdade, não fiz nenhuma das reflexões sobre a minha vida que eu estava pensando em fazer, quando re-acendi as luzes do meu quarto.
Quem sabe eu seja influenciável demais, e tenha comprado mais essa teoria da Anita Naik (além da teoria de comer pouco e a cada 3 horas (que eu estou, na verdade, tendo uma certa dificuldade em aplicar na vida real), a de tomar muita muita água e a de fazer um pouquinho de esporte todos os dias (não vou nem falar sobre essa... bem, estou tentando)), sem nem perceber.
Mas acho que, na verdade, a razão de eu estar me contendo, tentando não escrever sobre essa minha vida, é o fato dela andar confusa demais. O fato de eu estar me estressando a qualquer hora do dia, na verdade, em que paro e sento para pensar nela.
E eu tenho mesmo esse dom de escrever sobre nada quando eu quero. Encheção de linguiça. Ajuda bastante nas aulas de redação. Mas eu acredito que não ajuda muito, agora. Quem sabe eu deveria simplesmente parar com isso, e encarar as coisas de frente.

Mas, de um outro lado, será que escrever sobre isso ajudaria, de qualquer jeito?
Eu deveria evitar esse stress.
Eu deveria dormir.
Mas, antes, acho que eu deveria descer comer.
Estou com desejo de chocolate, e já faz mais de 3 horas que eu comi pela última vez.

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