sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

summer in the city

Infelizmente, minha empregada (cujos monólogos eu, que definitivamente passei tempo demais em casa essa semana, não aguento mais ouvir) estava certa quando, naquela deprimente segunda-feira chuvosa, afirmou que o tempo permaneceria igual durante o resto da semana.
Aliás, ontem, em Curitiba (situada, por mais irônico que possa parecer, a aproximadamente 25° de latitude sul), a temperatura mínima foi de 10°C, o que, apesar de faltarem menos de 10 dias para o Natal, me permitiu "matar as saudades" (e eu ponho entre aspas porque a verdade é que nem tinha dado tempo de ter saudades) da minha jaqueta de couro preferida. Fiquei também perplexa ao encontrar pessoas calçando botas ou vestindo japonas de nylon e casacos de lã na fila do empacotamento de presentes da Fnac, ontem de tarde, quando fui ao shopping comprar uns presentinhos. Tudo aquilo me lembrou aqueles filmes natalinos, clássicos norte-americanos; já que aqui, normalmente, o Natal é acompanhado de muito ar-condicionado, suor e mosquitos.
Hoje, não sei explicar por que, é dia 17 de dezembro, são 3h da manhã, e estou acordada, com um frio do cão. Tudo o que me resta é ter esperança na volta do sol e do calor, e, enquanto eles não chegam, tentar enfiar na minha cabeça que frio é psicológico. Acreditar genuinamente nisso não só me ajudaria a dormir agora, como também pode ser bastante útil quando eu tiver que enfrentar os habituais grauzinhos abaixo de zero dos fevereiros parisienses.
Éee... Em consideração ao meu não-realizado-desejo-do-meio-do-ano, Paris que me aguarde! Fevereiro está chegando. E, mesmo se eu não conseguir engolir essa história de frio ser psicológico até lá (o que é extremamente provável), tenho certeza de que a calefação francesa vai dar conta do meu frio, e de que a meia a mais, o cachecol e o moletom 2 tamanhos maior do que o meu poderão ser dispensados na hora de dormir.

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