Agora são 02h28 da manhã, e, como, desde que a menina pela qual o narrador era apaixonado morreu, eu pseudo-abandonei a leitura de Looking For Alaska; acabei de desligar o computador. Utensílio que, pelo menos hoje, teve fins sutilmente mais interessantes do que quando me deixo passar horas e horas descobrindo as mais indescritivelmente inúteis coisas, como qual príncipe da Disney é meu par ideal (Fera) ou qual cor é a minha aura (azul). Ao invés disso, eu, hoje, passei o período entre as 23h e as 02h17 relendo a maioria dos posts do meu blog. Blog que, mesmo tendo pouco menos de um ano de existência, me permitiu perceber algo quem sabe imperceptível aos
Foi só algum tempinho atrás que percebi o quanto a escrita, quando não tem função informativa (ou quem sabe até então), é inconscientemente hipócrita, e não consegue retratar a realidade da maneira na qual eu, ingenuamente, sempre acreditei que conseguia. Assim como quando me deparei com uma mãe convertida ao espiritismo e incapaz de me consolar, ou com um garoto de 16 anos que não age como um homem, e sim como um garoto de 16 anos (como há de se esperar...), perceber isso foi uma grande decepção. O que parcialmente justifica o fato de eu não ter escrito nada por aqui desde aquela grande decepção amorosa, aquela, proporcionada por ninguém menos do que o garoto-de-16-anos-que-age-como-tal.
Bem, só sei que agora estou aqui. Já passam das 3 da manhã, e estou querendo chegar a algum lugar, por mais confusa que essa tentativa de volta à escrita possa estar saindo. Acredito que, se isso fosse uma redação (aliás, que inesperado que é sentir saudades das redações semanais da escola, e até daquele desejo inatingível de dormir antes das 22h todos os dias), eu perderia muitos pontos no quesito Coesão e continuidade. É que o que eu queria mesmo, depois de reler tantos textos e de relembrar todos os momentos que eu, hipócrita ou não-hipocritamente, descrevi aqui, era registrar, da maneira mais verdadeira possível, o quanto estou bem e o quanto estou orgulhosa de mim mesma por tudo o que conquistei nesse período de pouco mais de um ano.
Eu, apesar das dificuldades, decepções, dramas e infantilidades (afinal, sou só uma garota de 16 anos), estou bem. Daqui a pouco vem 2011, e eu continuo aqui, tentando, com a maior boa vontade, driblar não só a grande mentira que pode ser escrever, como também a grande mentira que pode ser viver.
E é isso aí.
"I'm gonna make it, make it better
I'm gonna get the best and lock it up and
swallow the key"
I'm glad you used the metaphore I told you :)
ResponderExcluirGoodness! Imagens mentais desse post: 1. Inspirou, escreveu, expirou, num só fôlego; 2. um gato muito louco preso numa bexiga de festa; 3. você, descendo de cabeça num tobogã.. rs
ResponderExcluirNa boa, só desligar o computador e deitar um pouco mais cedo. O mais já passou.
bjs