sábado, 30 de janeiro de 2010


french navy

Eu cheguei em casa faz pouco tempo, e estou me sentindo muito mal. Não só porque já são 04:07 e eu estou morrendo de sono e de medo que meu pai abra a porta do meu quarto furioso a qualquer momento, mas também por outros fatores, um tanto quanto mais influentes no meu atual estado de espírito do que os previamente apresentados.
Vou tentar, sinceramente, explicar o que estou sentindo. Não vai ser fácil, não sei se vou conseguir, mas, vamos lá:
EU CANSEI.
Sinceramente, não aguento mais.
Odeio esse mundo de meninos que fazem gracinhas o tempo inteiro, de meninas que fingem achar graça disso, de meninos pegadores, de meninas pegadoras, de retweets, comentariozinhos no orkut e perguntas que as pessoas se desdobram para não responder no formspring; de me esforçar um monte para ser sociável e sentir, depois, que nem uma partezinha daquele esforço realmente valeu a pena.
Cansei de me sentir sozinha, cansei de sentir falta de me sentir amada, cansei das pessoas dando palpite da minha vida, cansei das pessoas achando que sabem tudo, cansei do meu quarto, cansei desse mundo. Cansei de verdade.
QUERO IR EMBORA DAQUI, não quero mais esse mundo, quero conviver com pessoas corajosas, quero ser corajosa, ui quero ir embora daqui de verdade.




Queria que o meu mundo fosse mais parecido com esse vídeo.
Pelo menos por um pouquinho.
Para mim parece que é pedir demais.
Mas eu queria tanto poder acreditar que não é.


Eu quero conhecer outras pessoas.
Eu quero conhecer pessoas diferentes do que essas.
Eu quero conseguir acreditar que ainda vou conseguir conhecer pessoas incríveis.

E,
é difícil resolver um problema, mesmo quando você descobre o que é que estava te incomodando.

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

and people make you nervous
you'd think the world is ending,
and everybody's features have somehow started blending
and everything is plastic,
and everyone's sarcastic,
and all your food is frozen,
it needs to be defrosted

you'd think the world was ending,
you'd think the world was ending,
you'd think the world was ending right now

well maybe you should just drink a lot less coffee,
and never ever watch the ten o'clock news,
maybe you should kiss someone nice,
or lick a rock,
or both

maybe you should cut your own hair
'cause that can be so funny
it doesn't cost any money
and it always grows back
hair grows even after you're dead

and people are just people,
they shouldn't make you nervous
the world is everlasting,
it's coming and it's going
if you don't toss your plastic,
the streets won't be so plastic
and if you kiss somebody,
then both of you'll get practice

the world is everlasting
put dirtballs in your pocket,
put dirtballs in your pocket,
and take off both your shoes
'cause people are just people,
people are just people,
people are just people like you


É tão mais fácil resolver as coisas quando você sabe o que está, de fato, te incomodando.
Essa música é, SIM, da Regina Spektor.
E eu não canso de dizer, ela é MESMO uma gênia.

E eu sei que estou enchendo esse blog de citações, e fotinhos, e não sei mais o que, mas eu vou voltar a escrever. Eu vou mesmo.

domingo, 24 de janeiro de 2010

Depois de passar o dia inteiro lendo e tomando sol, é meio chato ter que voltar para a realidade e perceber que ela não é tão legal assim.

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

“Sometimes I can hear my bones straining under the weight of all the lives I’m not living"
- Jonathan Safran Foer

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

did I make it that easy to walk
right in and out
of my life?

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010


o que fazer quando seu planeta está provavelmente a dois anos do apocalipse previsto por adoráveis povos antigos

Estou deitada na minha cama, meu pijama está com cheirinho de amaciante, e hoje, pela primeira vez da semana, está quente o suficiente para dormir sem meias (pelo menos quente o suficiente para mim, e olha que isso é difícil). Todos aqui em casa estão dormindo. Está tudo bem calmo, e eu, estranhamente, estou gostando do barulho da chuva, que hoje está sendo acompanhado pelo (como se chama, o barulho que faz um grilo?) "canto" de um grilo. Na verdade, não sei se é um grilo ou uma cigarra, ou qualquer outro inseto que "cante", e também não faço ideia de como ele(a) ainda não morreu afogado(a) no meio dessa água toda.
Aliás - sei que tenho falado excessivamente sobre o clima ultimamente, mas - COMO TEM CHOVIDO, HEIM? É chocante, eu não consigo entender como a água das nuvens não acaba nunca, como pode chover a noite inteira e o céu ainda consegue amanhecer cinza.
Me dá medo essa chuva constante aqui em Curitiba (já faz mais de 10 dias que a chuva passou a fazer parte do nosso agradável cotidiano), essa chuva no Brasil inteiro, na verdade; me dão medo essas nevascas no hemisfério norte e esse terremoto no Haiti.
Eu sei que parece idiota, mas eu voltei a acreditar que o mundo pode acabar em 2012, e me dar conta disso, hoje, no carro, a caminho da casa do meu avô, me deu uma vontade desesperada de chorar; uma tristeza, um vazio.

Não quis chorar ali. Meu pai me acharia idiota, se chorasse por isso. Engoli as lágrimas e tentei me acalmar, e logo chegamos ao prédio vermelho onde meu avô mora. Saímos do carro e corremos até o portão, conseguindo chegar relativamente secos até o apartamento 203, onde todos sentamos - demorei demais e meu irmão conseguiu a cadeira que balança -, comemos torrada com patê e conversamos.
Em um certo momento, com um pouco de vergonha, e esperando que meu avô, que sempre lê todos os jornais e sabe um pouco de tudo, me falasse sobre outros desastres, naturais ou não, que andam acontecendo, disse que estava com medo de que o mundo chegasse ao fim.
Ele olhou para mim e riu. Contou para mim que, quando ele tinha 6 anos, as freiras da escola onde ele estudava diziam que o mundo ia acabar em 2000. Contou também que, antigamente, diziam que o petróleo do mundo ia ter acabado em 1980 e que a Terra seria um dia invadida por marcianos.
"Agora," ele disse, "a gente sabe que não existe vida em Marte. Mas, sabe, alguns cientistas estão dizendo que o planeta pode ser povoado."
Então ele começou a falar sobre Marte, e sobre como lá tem água, e carbonato de calcário (ou alguma coisa assim), e sobre o fato que, se plantarem árvores no planeta, em 100 anos, pode ter oxigênio na atmosfera de lá. Tudo isso me pareceu tão maluco, distante e interessante, que acabei esquecendo do meu planeta, e do apocalipse previsto por aqueles pentelhos dos maias para 2012.

De qualquer jeito, mais tarde, depois de comer dois palmitos e um pedacinho pequeno de picanha (eu tinha exagerado nas torradinhas com patê), de assistir Big Brother e de pensar aleatoriamente no sofá (é sempre assim... Acho que seria tão isolada, se fizesse parte do Big Brother ou Será que eu seria eliminada na primeira semana?), tudo voltou à minha cabeça: o mundo, as chuvas, as enchentes, a neve, os terremotos, os maias, o fim do mundo. Me senti mal de novo, e a vontade de chorar ameaçou voltar.
E então? E se isso for verdade? E se nós, TODOS OS BILHÕES DE HABITANTES DO MUNDO, só tivermos mais 2 anos para viver? Argh.
O que eu estou fazendo com a minha vida? Sempre me achei nova demais para me perguntar isso. Mas e se eu não tiver tempo para ser nova demais?
E se eu nunca fizer faculdade, nunca dirigir, nunca me casar ou ter filhos? E, por falar nisso, quem é a pessoa com quem eu realmente gostaria de passar meus últimos anos, meses, dias e tudo mais?
Essa última foi provavelmente a pergunta que me apavorou mais. Eu não consegui chegar a uma resposta, e muitas pessoas que não deveriam ter vindo à minha cabeça nessa hora acabaram sendo incluídas na minha Lista de Pessoas Com Quem Eu Provavelmente Gostaria de Passar os Dois Últimos Anos da Minha Vida.

Desagradável, eu odeio admitir, é provavelmente uma boa palavra para me descrever ultimamente. Não consigo ser agradável. Eu até tento, mas faço tudo errado. Não sei ser aberta e simpática com todo mundo, não sei fingir interesse, não sei conversar com alguém que não conheço direito. Não me sinto confortável com a maioria das pessoas, fico achando defeitos e implicando com a maioria delas, e não sei direito como manter uma "amizade superficial".
Mas isso é ridículo! É ridículo e eu sei que é.
É de uma amizade superficial que surge uma amizade, e uma pessoa obviamente não pode viver só de amizades. Porque essas são poucas, e não vão estar sempre perto de você. Você tem que saber ser sociável, Giovana, tem que aprender a ser aberta, Giovana, em vez de ficar lembrando de pessoas que nem devem lembrar que você existe.
E você era tão aberta! Por que se fechou assim de repente? Qual é a desculpa que você vai usar agora? Daqui a pouco o mundo acaba, 98 anos antes de existir oxigênio na atmosfera de Marte, se esse ano ainda, árvores começassem a ser plantadas lá. Por quanto tempo você ainda consegue aguentar? Por quanto tempo vai se fechar?
Porque eu, sinceramente, gostaria de sair por aí e conhecer pessoas incríveis. Que tal?

Desculpa por:
  • falar tanto sobre o apocalipse e a vida em Marte, que são, provavelmente, duas coisas alienadas
  • falar comigo mesma nos dois últimos parágrafos
  • admitir minha paixão secreta pelo BBB
  • ser tão realista e negativa sem nem estar de TPM
  • ter escrito algo provavelmente comprido e pessoal demais
Eu sei que peço desculpas demais, mas é que achei que devia. Dixculpa por isso também.


terça-feira, 12 de janeiro de 2010

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010


"And so we started to learn about their lives, coming to hold collective memories

of times we hadn't experienced. We felt the imprisonment of being a girl, the way it made your mind active and dreamy and you ended up knowing what colours went together. We knew the girls were really women in disguise, that they understood love and even death, and that our job was merely to create the noise that seemed to fascinate them. We knew that they knew everything about us. And that we couldn't fathom them at all."

Isso é da minha parte preferida de Virgin Suicides.
Sinceramente, eu adoro quando ele fala isso, e adoro o jeito como ele vê as irmãs Lisbon e acha elas tão fascinantes.
Queria ser igual às irmãs Lisbon (obviamente excluindo a parte do suicídio), queria ser fascinante, queria pelo menos conseguir passar essa imagem.
Estou longe de knowing everything about them.
Tudo o que posso fazer é torcer para que eles também não consigam me entender, para que eles não consigam me desvendar e enxergar isso tudo aqui.

thank you, grandma

Que merda, por que é que eles sempre mentem? Escondem? FINGEM? E POR QUE É QUE CONSEGUEM FINGIR TÃO BEM?
Estou até pensando em ler "Por que os homens mentem e as mulheres choram", que minha vó me deu ano passado.
Ela também me deu "O Sol Depois da Chuva", e vários livros de auto-ajuda escritos por um padre amigo dela.
Ela está provavelmente preocupada com meu relationshop status.
Se bem que eu estaria também, se fosse ela.

domingo, 10 de janeiro de 2010



No momento, há 2 coisas que me deixam um tanto quanto confusa, 2 coisas que eu não consigo entender de maneira nenhuma:
  • Como, como como como, existe TANTA água nas nuvens, como é possível chover todos os dias e ainda assim continuar a chover?
  • Como tem gente que consegue dormir sem meia no inverno? Ontem dormi sem meia, e acho que vou ficar gripada. Deve ser por causa desssa temperatura de merda. NÃO AGUENTO MAIS, PELO AMOR DE DEUS, É VERÃO!

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

tpm. nas férias.



02/01/2010


"Como é que o Sting teve a capacidade de escrever uma música relativamente alegre com um refrão desses? I feel so lonely agora, e, sinceramente, não está nenhum pouco legal, nenhum pouco alegre. Queria poder dizer que estou de tpm, e que isso já vai passar, mas tenho medo de estar mentindo para mim mesma, porque ainda é dia 2. Estou me sentindo tão cansada (sem razão NENHUMA), fraca, feia, sem graça, sem assunto, e, principalmente, com TANTA preguiça das pessoas, que acho que nem deveria estar perdendo meu tempo registrando todos esses sentimentos ruins. Mas eu queria escrever... Que saudades do verão de 2008... Eu aqui nesse apartamento, não me importando com o fato de estar sozinha a maior parte do tempo, escrevendo sem parar, comendo pasteis gordurosíssimos de palmito e descobrindo minhas celulites. Que saudades do navio, que saudades do Luiz, das minhas amigas e até da minha rotina... Vou dormir. Amanhã vou estar melhor."

03/01/2010

"É incrível como essa solidão na praia me dá vontade de escrever. No verão de 2008, quando eu tinha aquele meu blog Pleureuse, escrevia nele praticamente todos os dias, conectada CLANDESTINAMENTE na internet do vizinho pelo lap top do meu pai. 2 anos depois, aqui estou eu. Estar aqui sozinha ainda me dá vontade de escrever, e eu ainda tenho um blog aonde poderia escrever, se pelo menos um dos meus vizinhos não tivesse criado uma senha para proteger sua rede. Sei disso porque tentei me conectar pelo meu novo celular moderno, Samsung wannabe-Blackberry, que foi um presente de Natal, tem um mini-tecladinho marrom e se conectaria à internet, se os vizinhos não fossem tão egoístas, ou se eu não tivesse piedade da minha mãe e resolvesse entrar naquela internet paga.
Não. Aqui estou eu, deitada, com cheiro de hidratante e com uma toalha enrolada na cabeça, digitando - e tendo uma certa dificuldade para isso - no mini-tecladinho marrom do meu celular um sms que tem, por enquanto, 976 caracteres, que eu vou salavar nos meu rascunhos em breve.
Essas férias não estão sendo nenhum pouco saudáveis, eu estou com uma dor de garganta que não passa nunca (aliás, não deveria ter deitado de cabelo molhado...), com preguiça de tudo e de todos, comendo só porcarias e me sentindo mal (física e não psicologicamente) depois. Não estou fazendo nenhum exercício, mas nem se conseguiria, se tentasse, porque (e isso é outra coisa que também aconteceu no verão de 2008) ultimamente, minha mão treme se eu levar um mísero copo à minha boca, ou se eu segurar meu livro por mais de 5 minutos. Aliás, estou ficando cansada de digitar. Vou dormir."


07/01/2010

Então. Hoje chegou. Eu estava de TPM. Mesmo assim, amanhã vou na psicóloga resolver meus probleminhas emocionais, que, sim, ainda existem em dias normais. Em - bem - menor escala, mas existem.


Ontem refiz meu mural. Eu não decidi, explicitamente, separar os dois... Mas eram 3 da manhã, e eu estava cansada, quando percebi que tinha feito o da esquerda ao contrário. Dai deixei né. O que é que eu ia fazer? Tirá-lo da parede e fazer tudo de novo? E SE AS FOTOS NÃO ENCAIXASSEM?