terça-feira, 27 de julho de 2010

É engraçado que, com esse novo orkut, dá para ver que, quase todos os dias, tem gente entrando, entrando e entrando em comunidades novas, a maioria das vezes tongas e inúteis.
Quanto tempo das nossas vidas a gente desperdiça na frente do computador?
Meu Deus.

domingo, 25 de julho de 2010

"they'll name a city after us"

quarta-feira, 21 de julho de 2010

mais um pouco de inutilidades

Lugares que parecem um tanto quanto cozy e onde eu adoraria estar:







E vejam só quem apareceu na última foto!
Quem diria.

domingo, 18 de julho de 2010

Desde que as férias começaram, eu já fui no cinema 5 vezes, já aluguei 4 filmes, já assisti 2 dos filmes que eu tenho em casa, já fiz 6 aulas de yôga, já passei tardes inteiras com meus avós, já comi que nem uma louca (aliás, acho que esse item da lista "Coisas Que Eu Já Fiz Desde Que as Férias Começaram" até merecia uma lista avulsa, "Coisas Que Eu Já Comi Desde Que as Férias Começaram". Seria uma lista muito interessante), já pensei em sair de noite uns diazinhos, já desisti de sair de noite por falta de companhia, já desisti de sair de noite por preguiça, já desisti de sair de noite por frio, já passei uma manhã inteira dançando Katy Perry de calcinha no meu quarto (no começo das férias, quando estava suficientemente quente para que eu fizesse isso), já conheci algumas pessoas novas (dentre elas, a nova namorada do meu irmão), já tive bastante tempo para me lamentar por eu não ter um namorado, já tive bastante tempo para me lamentar por não ter ido para a França, já tive bastante tempo para imaginar o que o meu melhor amigo (que foi para a França) deve estar fazendo lá, tempo de rever todas as milhões de fotos que eu tenho no meu computador, tempo para pensar "vou tentar comer menos amanhã" antes de dormir, tempo para ler 160 páginas do livro que eu ganhei sábado passado, tempo para responder 5 perguntas do meu questionário do yôga, tempo de ficar vendo vídeos aleatórios do Lee Pace no youtube e tempo para escrever no meu movimentado blog sobre coisas inúteis como a lista de coisas que já fiz durante a primeira semana das minhas férias de inverno.
E agora, acho que vou arrumar uma das camas do quarto de hóspedes, para dar uma folga para o meu quarto. Antes disso, vou assistir Pushing Daisies, porque estou com saudades e porque o Lee Pace apareceu de surpresa num dos filmes que eu aluguei hoje, e eu tinha esquecido do quanto ele é lindo.

quinta-feira, 15 de julho de 2010


- Post Secret
Eu lembro de ter lido uma frase, durante minha época de tumblriana assídua (faz mais ou menos um ano), que perguntava se você gostaria de si mesmo, se "se conhecesse". "Would you like you if you met you?", era a pergunta, para ser mais exata.
Eu estava conversando com meu avô esses dias (venho passando muito tempo na casa dele), enquanto ele, que adora cozinhar, estava se batendo (no sentido figurado e não literal) com a manivela da máquina de fazer macarrão. Eu estava reclamando do meu pai, dizendo que eu era uma filha boa e nunca fazia nada de errado, e que ele acabava sempre inventando problemas inexistentes para ter do que reclamar. (Ler o que eu acabei de escrever me fez sentir tipicamente adolescente, e eu meio que odeio isso, mas o que eu posso fazer? 1. Eu sou mesmo uma adolescente e 2. Meu pai realmente consegue ser um pentelho, quando ele quer.)
É engraçado o quanto me aproximei do meu avô, esse ano; o quão rápido ele conseguiu passar de o vô-que-ainda-tem-cabelo-e-que-gosta-de-falar-de-política para alguém tão próximo de mim. Próximo o suficiente para olhar para mim, depois da minha declaração tipicamente adolescente, e falar, numa boa, sobre como é errado querer falar de você mesmo. Sobre como nós não temos muito direito de nos auto-julgar. Sobre como quem acaba podendo nos definir de verdade são os outros.
Sabe, meu vô não é um gênio da psicologia. Ele gosta de ficar sozinho, de conversar sobre política e de cozinhar, e tem uma certa dificuldade em manter conversas com mais de uma pessoa ao mesmo tempo, além de odiar ser interrompido enquanto está falando de tal maneira que, quando isso acontece, ele desiste totalmente de contar qualquer que seja a história que ele pudesse estar contando. Mas ele provavelmente está certo nesse aspecto. O aspecto do auto-julgamento, eu quero dizer.
As outras pessoas te julgam como elas querem. Pensam em você como elas - nem que inconscientemente - querem. Lebram das partes de você das quais elas querem lembrar. Mas, no final, é isso que fica, sabe?
Eu posso ter alimentado em mim a consciência de que mudei, do ano passado para cá. De que consigo encarar as coisas de um jeito diferente. De que finalmente consegui parar de querer ser perfeita e fofinha, sendo mais corajosa, menos tímida, e assumindo mais meus erros.
Isso não impediu, de maneira alguma, com que Marta, a chilena de quarenta e poucos anos que faz yôga comigo, exprimissse explicitamente o que ela pensa de mim, essa semana.
"Você no é como as otras meninas da sua edad, é diferente", ela começou a dizer.
Eu sorri para ela, envergonhada. Apesar de a única palavra usada por mim para descrever Marta até hoje ter sido "engraçada", eu gostei de ouvir a opinião dela sobre mim. Isso porque a verdade é que não acho a maioria das meninas da minha edad muito interessantes.
"Você é muito meiga, correta. No é como las otras meninas que son muito...", ela fez uma pausa, provavelmente à procura de uma palavra. "Como posso dizer...?", disse, virando-se para nosso instrutor e esperando que ele encontrasse a palavra que ela estava procurando.
"Perdidas!?", ele sugeriu.
"No, no. Ai, no sei como dizer. Mas las otras meninas no son como você. Son muy decididas."
Meu sorriso começou a diminuir.
"Você é más como mia filha. Sáo más corretas. "
"São meninas de família", interrompeu o instrutor.
"Isso, meninas de família. No como las otras."
Meu sorriso, apesar de ainda estar presente, estava provavelmente um tanto quanto (no sentido figurado e não literal) amarelo, nessa altura da conversa. 1. Será que eles estavam certos? Será que eu era uma "menina de família"? 2. Será que é bom, ser uma "menina de família"?
Bom. De acordo com uma fonte um tanto quanto imbecil, uma menina de família é "aquela estudiosa, educada, prestativa ,q ajuda sempre os outros, não usa drogas e nem se prostituí, mas q é feliz sendo assim...". Apesar de isso totalmente estragar o prazer que eu tenho em poder pensar em mim de um jeito bem melhor do que o descrito acima; a primeira impressão que a Marta teve de mim foi um tanto quanto melhor, um tanto quanto mais completa do que a que eu tive dela. Ela não disse simplesmente "Ah, a Giovana? Ela é muito engraçada..."
Mesmo assim, gosto de acreditar que, se o meu eu-do-ano-passado conhecesse o meu eu-de-agora, "menina de família" não seria o primeiro termo usado para me descrever.
Mas daí voltamos para aquela coisa né, de que tem coisas que não conseguimos mudar em nós mesmos.
Quem sabe eu vá viver para sempre com essa imagem de menina de família nas costas. Quem sabe não. O que eu sei é que não sou menina de família, nem menina-não-de-família. Sou só menina.
E, mesmo não sendo essa a que conta, a imagem de mim mesma que prevalece pra mim por enquanto é aquela descrita por uma frase em inglês, embaixo do meu nome e das fotinhos da Regina Spektor e companhia, ali no lado direito do blog.


quarta-feira, 14 de julho de 2010

Eu estava sozinha em casa. Minha mãe trabalhando, meu pai (ele, um administrador / ciclista nas horas vagas, está estudando arquitetura) e meu irmão na faculdade. Deitada na minha cama, embaixo das cobertas, eu ouvia a lista "B" do meu iPod, num volume bem baixinho. As luzes estavam apagadas. As janelas, abertas; mas lá fora já estava escuro. Mesmo assim, eu podia ver a silhueta da minha cadeira e da escrivaninha, e conseguia ver a piscina e as araucárias lá de fora, por meio daquela visão meio zumbi que a gente tem, quando fica de olho aberto por muito tempo no escuro.
De repente, ouvi o barulho da porta da frente se abrindo. Era provavelmente minha mãe. Me lamentei. Não queria que ela estragasse aquele meu momento de estou-curtindo-minha-solidão.
Eu podia ouvir ela subindo as escadas. Ela estava se aproximando de meu quarto. Então, abriu a porta. Eu fingi estar dormindo. Ela me deu um beijo, voltou a fechar a porta do meu quarto, e foi embora. Nem ao menos fechou as persianas.
Quando percebi que ela não ia mesmo voltar, re-abri os olhos. Começou a tocar Leona Naess no meu iPod. Olhei as luzes discretas que iluminavam tudo lá fora. Olhei para a parede do meu quarto. Me cobri até o pescoço, me enrolei que nem uma múmia e fiquei ali, deitada. Nem dormindo, nem acordada de verdade.
E daí eu pensei. Será que é verdade?
Is happiness only real when shared?
"Talvez atingir esse estado de bloqueio fosse uma conquista. Talvez conviver bem com uma pessoa fosse compreender não o quanto ela se parecia com a gente, mas o quanto não era a gente - e, assim, admitir, como tão raramente fazemos uns com os outros, que o sujeito esparramado do outro lado, no sofá, estava de fato presente."
- O Mundo Pós-Aniversário

domingo, 11 de julho de 2010


QUERO TER UMA FILHINHA IGUAL À BONNIE DO TOY STORY

sábado, 10 de julho de 2010

so, if the answer is no, can I change your mind?

domingo, 4 de julho de 2010

Eu li no meu livro "A Saúde das Preguiçosas" (juro que tenho esse livro, mas é em francês, "La Santé des Paresseuses") que a noite é o pior momento para você parar e refletir sobre sua vida, sobre seus problemas. Sei que isso parece não ter muito a ver com saúde, mas, no livro, a Anita Naik (é a autora, and I just really like her name) passa bastante tempo falando sobre stress, sobre como ele afeta nossa saúde, e sobre maneiras eficazes de evitá-lo, como, por exemplo, pensar nos seus problemas pela manhã, e não pela noite, já que você estará menos cansado e acabará pensando em menos coisas estressantes.
Bem, agora é 1h20 da manhã, é noite, sábado à noite, acabei de deitar na minha cama e, quinze minutos depois de desligar a luz, acendi ela de novo, levantei e fui à procura de um caderno e de uma caneta.
É engraçado, porque a noite, o período do dia onde você, segundo a senhora Naik, se estressa com mais facilidade por estar cansada, o período do dia onde você deveria evitar sentar e ficar pensando sobre sua vida, é o período do dia em que eu me sinto mais inspirada para sentar e escrever.
Quem sabe é a escuridão lá fora, o silêncio (pelo menos aqui, dentro do condomínio), ou o fato de todo mundo aqui em casa já estar dormindo. A noite me inspira. Ter um caderninho em cima do meu criado-mudo sempre me fez bem. E, quando escrevi meu livro, em 2008, era sempre à noite que rendia mais. Aliás, acho que eu escrevia à noite.

Bem, já estou quase no fim de uma página do meu caderno de química do ano passado, agora, e, para falar bem a verdade, não fiz nenhuma das reflexões sobre a minha vida que eu estava pensando em fazer, quando re-acendi as luzes do meu quarto.
Quem sabe eu seja influenciável demais, e tenha comprado mais essa teoria da Anita Naik (além da teoria de comer pouco e a cada 3 horas (que eu estou, na verdade, tendo uma certa dificuldade em aplicar na vida real), a de tomar muita muita água e a de fazer um pouquinho de esporte todos os dias (não vou nem falar sobre essa... bem, estou tentando)), sem nem perceber.
Mas acho que, na verdade, a razão de eu estar me contendo, tentando não escrever sobre essa minha vida, é o fato dela andar confusa demais. O fato de eu estar me estressando a qualquer hora do dia, na verdade, em que paro e sento para pensar nela.
E eu tenho mesmo esse dom de escrever sobre nada quando eu quero. Encheção de linguiça. Ajuda bastante nas aulas de redação. Mas eu acredito que não ajuda muito, agora. Quem sabe eu deveria simplesmente parar com isso, e encarar as coisas de frente.

Mas, de um outro lado, será que escrever sobre isso ajudaria, de qualquer jeito?
Eu deveria evitar esse stress.
Eu deveria dormir.
Mas, antes, acho que eu deveria descer comer.
Estou com desejo de chocolate, e já faz mais de 3 horas que eu comi pela última vez.