segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Passei o dia 24 de dezembro correndo para lá e para cá, ajudando minha mãe a arrumar a casa para a noite de Natal. O dia atarefado foi bem-vindo, visto que já fazia mais de um mês que eu estava de férias, sem reais ocupações, o que já estava começando a me frustrar.
Eu tinha começado a ler "Quando é Preciso Ser Forte", que conta um pouco a história do Mestre DeRose, no dia 23, e nas poucas pausas da correria que foi a véspera do Natal, aproveitava para sentar e continuar minha leitura. Estas pausas, porém, acabavam não durando mais do que 5 minutos, e meus pensamentos, sempre se desviando para outras coisas (a principal destas sendo o strogonoff vegetariano que eu fiz para a ceia - e que, sem querer me gabar, ficou delicioso), não me permitiam concentrar na leitura. Tudo isso fez com que eu lesse o mesmo parágrafo inúmeras vezes, sempre que sentava ingenuamente planejando terminar o capítulo.
Como quando se olha por muito tempo para uma palavra ou até para sua própria mão e ela se torna algo estranho, como se você a estivesse vendo pela primeira vez; o parágrafo, depois de tantas leituras, já não fazia mais muito sentido para mim. Isso fez com que quando, ao decorrer do dia, novas pausas surgiram, eu já não tivesse mais vontade de ler.
Hoje de manhã, porém, depois do Natal, depois do ano-novo e depois de uma estadia de 8 dias na praia, eu estava deitada em minha cama, pensando na vida e nas minhas resoluções para o ano que começou. Foi então que me lembrei daquele parágrafo, do qual, por mais estranho e sem-sentido que ele me possa ter parecido no dia 24, eu me lembrava quase que perfeitamente.
"A indecisão, na maioria das vezes, é fruto da insegurança e da imaturidade. Não tendo a coragem de escolher, o estudante quer pegar tudo. Porém, quem tudo quer, tudo perde. É a mesma questão de lealdade, como se você fosse se comprometer afetivamente com duas ou mais pessoas ao mesmo tempo."

Mais precisamente, me lembrei, hoje de manhã, dessa primeira frase, cujo sentido, agora que consegui terminar não só aquele capítulo como também o restante do livro, ficou extremamente claro para mim, além de ter muito a ver com o que eu estava pensando hoje de manhã: 2011 e uma das mais importantes escolhas que eu vou ter que fazer na minha vida.

Um comentário: