quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

ah, el verano...

Dias em que passo tempo demais invejando admirando a vida alheia na página inicial do meu Facebook e pequenos momentos de stress e choro (por causa de calor, falta de ter coisas com as quais me preocupar, TPM ou depressão pós filmes excessivamente românticos) sempre foram marcas registradas das minhas férias. Este ano, porém, apesar de estar tendo as mais longas férias de verão da minha vida, não posso afirmar não estar gostando da vida mansa.
Ter tempo para passar hidratante todos os dias depois do banho nas minhas estrias e acreditar realmente que vai fazer alguma diferença por não ter nada mais importante com o que me preocupar, andar pelas ruas entrando em todas as lojinhas bonitas e fazendo amizades com os vendedores simpáticos, passar horas lendo revistas na Saraiva e ir embora sem comprar nenhuma, comer mais de uma sobremesa com a maior calma do mundo, praticar yôga 2 horas por dia, passar horas discutindo sobre cinema, trocar e-mails com o ex-namorado com quem não falava a quase 3 anos e pensar na nova decoração do meu quarto. É. Até que é gostoso, isso. Só me sinto meio na contra-mão, já que, assim como quando minha mãe me explicou que, aqui no Brasil, não são fabricados shampoos que deixem os cabelos volumosos, pelo fato das brasileiras já terem cabelão por natureza e quererem um liso escorrido que é o completo oposto do que o Herbal Essences que eu compro por R$13,00 na Droga Raia promete fazer; me esforcei, esse mês, para achar uma ocupação mais concreta para minha vida, que estava mais parecida com os "25 atos para relaxar e deixar seu dia mais feliz" que a maioria das revistas eventualmente publica do que com uma vida propriamente dita.
Com o auxílio de uns bons 8% do salário da minha mãe, adicionei mais um item à posteriormente apresentada lista das minhas atividades, e, agora, estou fazendo intensivo de español. Ter uma rotininha, exercitar meu cérebro e lembrar-me de que eu tenho que me esforçar para mudar o quesito pontualidade está me fazendo bem. Tenho, no entanto, de admitir que as horinhas reservadas ao Facebook e aos choros e lamentações ainda têm um espacinho guardado no meu coração cronograma de verão.

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