Eu andava por uma de minhas ruas preferidas, numa tarde de Sol em que tanto as buzinadas quanto os pedreiros, longe de me incomodar, alimentavam e agradavam mais do que eu julgava possível o meu já-muito-bem-alimentado-ego. Tinha passado uma tarde agradabilíssima lendo e superando a mim mesma em minhas práticas de Yôga, e me sentia forte, leve, capaz.
Com os fones do meu iPod no ouvido, a bolsa sobre o ombro e uma garrafinha de água na mão, foi no momento em que a habitual coceirinha que eu sinto quando começa a fazer calor se manifestou que eu tive uma maravilhosa epifania: se eu estou tão bem, aqui andando sozinha pela cidade, e sou flexível o suficiente para coçar minhas próprias costas de maneira tão satisfatória, então é realmente isso - eu não preciso de ninguém.
Dedico hoje, nesse outro dia gostoso de quase-verão, essa música a mim mesma. Isso porque sei que seremos muito felizes, eu e eu mesma, dançando e nos coçando ao som dela por aí.
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