domingo, 25 de dezembro de 2011

"Quem é mais sentimental que eeeu?!"

Dentre aquelas coisas que dizem que a vida nos ensina, tem uma que ela desde praticamente sempre me obrigou a saber. O desapego.
Ao longo dos meus não-tão-abundantes anos de vida e das mudanças de escola, bairro e país; conheci muita gente legal, muita gente bacana, muita gente interessante.
Mas aquela gente que é realmente incrível, essa, infelizmente, parece nunca permanecer comigo. Essa é uma gente que acaba, mais cedo ou mais tarde, indo embora, seguindo seu caminho para encontrar um lugar no mundo.
Isso porque quem é incrível, além de viver te ensinando, inspirando e fazendo feliz; também sabe muito de desapego. Essa gente sabe, assim como pensei enquanto lia as poucas páginas que efetivamente li de "On The Road", que o mundo é nossa casa, e que poder se sentir livre o suficiente para explorar e aproveitá-lo plenamente é essencial para nossa felicidade e autoconhecimento.
Apesar de serem raros os momentos em que reconheci tudo de bom que as tantas despedidas pelas quais passei puderam me trazer, foi com o desapego e com essa gente que aprendi que os laços que valem a pena não precisam ser forçosamente estimulados, mas sim que são alimentados com naturalidade ao longo até de anos que podem ter passado desde a última vez que nos vimos. No fundo se sabe que, na hora do reencontro, vai ser como rever aquele primo que você não vê a tempos: você pode quase não reconhecê-lo e não saber de absolutamente nada que está acontecendo em sua vida, mas é seu primo. É família.
É a essa família de fato incrível que eu escolhi ter, e que vejo agora espalhada em tantos cantos do mundo, que agradeço pela ajuda em uma das escolhas mais difíceis que já fiz. Me desapegar da vida que levo e ir traçar meu próprio caminho vai exigir que eu encare muitos medos e dificuldades, mas é pelo exemplo de vocês que tenho certeza de que vou conseguir. Obrigada obrigada obrigada! E força pra nós.

(Escrever tudo isso me fez sentir um tanto quanto piegas, mas hoje, além de ser natal, me despedi de uma das pessoas que mais estiveram presente em minha vida no ano que passou. Apesar de ter chorado um monte, não consegui expressar tudo o que eu queria. E é por isso, então, que hoje pode. Hoje pode, ser piegas. Mas lembro a mim mesma: SÓ HOJE! Por favor!)
(Fazia tempo que eu queria usar a palavra piegas por aqui. Ela é realmente única.)

2 comentários:

  1. te amo,VOCE é incrível! bjoka no rim da sua fã numero 1

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  2. Que legal esse post!
    Essa época do ano é mesmo intricada. Lembrei-me que semana passada, conversando com Ana sobre todas essas partidas dezembrinas e do balanço emocional desses acontecimentos ela sugeriu. Por que não escrevemos um texto sobre desapego? “Daí depois trocamos notas..” Pois esse post agora me inspirou à redação. Essa semana ainda ele sai!
    Veio-me também o desapego que será exigido de todos os seus conhecidos de Curitiba, quando chegar o seu momento de sair do ninho. Tenho certeza que não só pra mim, mas pra muuita gente, você também é uma “pessoa realmente incrível”.
    beijos

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