segunda-feira, 16 de maio de 2011

ondas, óptica e acústica

Chega de estudar. Nem que só por hoje. Só por essa manhã. Ou, tá bem, só por essa aula.

O que acontece é que, desde a segunda-feira que tive que passar em casa com amigdalite tomando sopa de legumes esquentada no microondas, meu não-entendimento em Física-D vem aumentando significativamente. Como uma bola de neve, podemos dizer, ou, vestibulosamente falando, como uma P.A. de relativamente grande razão.

Hoje, enquanto refletia se o índice de refração absoluta do prisma do exercício 2 era maior do que o do ar (o que, e só agora vejo isso, dispensa reflexões; o índice do ar é o menor do universo), vi minha mente ser abruptamente dominada por persistentes pensamentos sobre minha pseudo-existente vida amorosa.

Agora, porém, depois de criar coragem (sou mesmo muito politicamente correta) para ignorar o professor e para oficialmente parar de tentar entender toda essa história de reflexão e refração; depois de escrever toda essa introdução caprichada que eu já li e reli umas 7 vezes, vejo o quanto não tenho nada a dizer sobre aquele assunto. Diante dos últimos acontecimentos, acredito que minha vida amorosa tenha sido simplesmente o caminho mais fácil encontrado por meu cérebro para me convencer de que há, sim, assuntos de mais complexa e remota solução do que a física.

Pois é. O negócio é que eu não me engano.

Primeiro porque, pelo menos no momento, afirmo com convicção não estar convivendo com nada de mais complexa e remota solução do que essa complicada ciência, que me persegue e perturba desde 2006.

Segundo porque, mesmo que o passado tente me incomodar e me fazer sentir mal sobre mim mesma (e, aqui, me refiro à vida amorosa e não à física, por mais incrível que possa parecer), meus olhos estão presos, estou focada demais no meu presente para me importar; tendo como única distração o futuro igualmente agradável que consigo ver com o cantinho dos meus olhos.

Olhos, aliás, que me lembram sistemas ópticos, que me lembram que eu tenho, sim, que prestar atenção nessa aula, para quem sabe descomplexar a solução e me aproximar, nem que só um pouquinho, da compreensão de toda essa baboseira.

Isso só porque percebi o quanto o resto, aquele restinho lá, já está devidamente encaminhado.

quarta-feira, 4 de maio de 2011