segunda-feira, 28 de março de 2011

Apesar de ter, ontem à noite, me desanimado um pouco ao me deparar com o fato do fim de semana ter acabado, hoje vim aqui só para afirmar, com convicção, o quanto amo a minha rotina.

(Sim. Foi só uma frase. Mas deixo uma musiquinha deliciosa para acompanhá-la e para ilustrar um pouco melhor tudo isso.)




quarta-feira, 23 de março de 2011



domingo, 20 de março de 2011

"un pepsi et un sandwich au poulet, s'il vous plaît"

Hoje, lá por umas 10h15 da manhã, enquanto escovava meus dentes e me preparava para o exame de sangue que meu ginecologista - preocupado com a falta de vitamina B-12 que meu recém adquirido vegetarianismo está sujeito a proporcionar - solicitou que eu fizesse, senti uma leve ânsia de vômito.
Minha última refeição tinha sido uma fatia de pão com geleia, que comera enquanto assistia ao último episódio da novela Tititi ontem à noite. Isso fazia do meu jejum levemente mais longo do que as 12 horas que me tinham sido exigidas para o exame de hoje.
Minha vontade de comer era nula. Meu corpo, porém, por meio de roncos nada discretos vindos da região abdominal e daquela ânsia que não ia embora de jeito nenhum, estava precisando e pedindo por um outro pãozinho com geleia, ou por qualquer outra coisa que conseguisse preencher aquele vazio. Enquanto calçava minhas botas (não está um frio propriamente dito ainda, mas eu já estava com saudades de usar roupas de inverno) e sentia mais uma pontada na barriga, fui surpresa ao me lembrar de um dia passado ao lado do meu ex-namorado, há quase 4 anos.
Era um dia ensolarado, mas estávamos, não me lembro exatamente por que, no shopping. Me lembro perfeitamente de como passamos horas e horas na Fnac, abraçados, olhando e escutando CDs; de ele ter tirado, como sempre o fazia, sarro do fato daqueles fones serem tão desproporcionais ao tamanho da minha cabeça; e de ter tido de convencê-lo a não comprar mais um CD, apesar desse, no quesito compras, ser não só o ponto fraco dele, como também o meu.
Naquele dia ensolarado que tínhamos decidido passar no shopping, me lembro de ter tido uma fome enorme e de ter sentido a mesma ânsia de vômito que senti hoje pela manhã. A cena de nós dois correndo de mãos dadas pelo shopping procurando algo suficiente bom para almoçarmos ainda me é clara, e me dá saudades.
Por um momento, sentada no chão do meu quarto com um pé com bota e outro não, senti-me triste, amarga e sozinha. De repente me vi sentindo demais a falta do meu ex, sentindo demais a falta de alguém que me amasse; alguém que pegaria minha mão assim, para procurar o que comer no almoço ou para qualquer coisa que fosse. Lembrei-me de como, nesse dia, nós dois tínhamos decidido comer meu sanduíche de frango preferido na praça em frente ao shopping, e do fato de termos ficado sentados por um bom tempo num banco, olhando o movimento, derrubando os tomates do pão e tomando Pepsi.
Depois do meu pequeno momento de carência matinal (que fora provavelmente proporcionado pelo volume de estudos que esse ano me está exigindo. Eu já tinha sido alertada sobre a carência dos vestibulandos), enquanto calçava o outro pé da bota, me veio à lembrança outro momento; dessa vez, de menos de um ano atrás, da época em que estava apaixonada por meu melhor amigo.
Eu, ao mesmo tempo que passava a manhã toda envolvida com ele - ou falava com ele ou sobre ele -, me recordo sentir-me extremamente diferente, quando saía das minhas práticas de Yôga, à tarde. Sim, todas as manhãs eram praticamente iguais, e me faziam apaixonar por meu amigo mais e mais. (Rimou) Todas as tardes, no entanto, também acabavam sendo semelhantes umas às outras, porque me faziam perceber que, na verdade, eu estava perfeitamente bem sozinha, e não precisava de ninguém.
É estranho pensar em como não só eu, mas também as circunstâncias da minha vida mudaram. Apesar do post em que falei sobre o Yôga e sobre como ele me faz bem, aquele grande volume de estudos mencionado acima andava me impedindo de praticá-lo, e é incrível como isso tem perceptibilíssimos (como diria minha avó, que adora inventar palavras no aumentativo como lindississíssimo) efeitos colaterais.
Por algumas semanas um momento, me permiti esquecer o quanto é bom ser independente e ter a mim mesma. Me permiti esquecer de cuidar de mim mesma - contrariamente ao que eu disse esses dias - e também esquecer do fato de que, agora, tudo está diferente. As coisas não poderiam ser iguais nem se ainda morássemos no mesmo país.
O que realmente acontece é que aqui estou eu, escrevendo redações sobre os problemas sociais do meu país, enquanto ele voltou a viver em seu país escandinavo com um dos maiores IDHs do mundo. Vale também lembrar que, agora, eu não só não tomo mais refrigerante, como também sou vegetariana, e não como mais frango. Almoço sozinha vários dias da semana, baixo CDs inteiros pela internet sem pagar nada, fico com um monte de caras aleatórios na balada e posso afirmar que, pelo menos por enquanto, não há nada de errado com isso.

sábado, 12 de março de 2011

"I'm the hero of the story,
I don't need to be saved"





4 dias se passaram, e, sentindo-me diferente, posto uma nova citação. A música, no entanto, permaneceu a mesma.
(Sim, isso é uma metáfora)
(Sim, sou viciada em metáforas)
(Sim... Sou viciada em Regina Spektor)

terça-feira, 8 de março de 2011

"we're going to these meetings,
but we're not doing any meeting
and we're trying to be faithful,
but we're cheating, cheating, cheating"

sexta-feira, 4 de março de 2011

uma só frase (ou não)

Depois de uma semana de muito stress.
Antes de partir para meu primeiro carnaval no Rio.

Esta tarde, enquanto perdia tempo olhando cortes de cabelo em blogs de moda, senti vontade de escrever por aqui, e me espantei ao ver o resultado do primeiro rascunho do que veio a ser este post.
Isso porque é raro, muito raro, eu vir aqui tendo vontade de escrever uma só frase. Sem reclamações, sem preocupações, sem teorias ou necessidade de maiores explicações: uma só frase.

(Pequena pausa para reflexão:vendo a maneira como um rascunho inicial se desenvolve e chega a virar uma bagunça como esse post aqui, é extremamente perceptível a minha árdua dedicação e preocupação com este blog.)

(Ou, quem sabe, do mesmo jeito que desisti do twitter, eu tenha desistido do meu post-de-uma-só-frase. É que, realmente, não sou uma pessoa de poucas palavras.)

(Bem, voltando ao raciocínio...)

O que eu queria mesmo era vir, escrever essa frase e simplesmente deixá-la aí:
Como é bom ter tempo e disposição para cuidar de si mesmo.

O que acontece é que, depois de começar a semana com o pé esquerdo (ao que tudo indicava, antes de sexta-feira chegar eu já estaria tendo um ataque de nervos), estou abismada com o fato de eu estar tão bem.
Graças a pequenas coisas, como tomar um banho demorado e passar hidratante depois, usar umas pomadas de espinhas que estavam esquecidas na gaveta e experimentar um shampoo diferente, fiz do dia-a-dia mais tolerável.
Graças a uma grande coisa, que é a prática do SwáSthya yôga e a convivência com quem faz parte do Método DeRose, fiz do dia-a-dia mais agradável.
E, já que o esquema de postar-apenas-uma-frase não deu certo, enquanto meus milhões de leitores fingem que só ela está lá, que só ela está realmente presente neste post, eu aproveito para deixar esse link, e para citar uma frase tirada dele que eu adorei, e que é muuuuuuuito verdadeira.
"It feels like a home rather than a fitness centre".
(Sobre o Método DeRose, que definitivamente não é só um fitness centre e que se torna, cada vez mais, um second home para mim)

Para finalizar, peço perdão pela a bagunça.
A semana, apesar dos apesares, foi bem corrida, e, no final das contas, pelo amor de deus, é carnaval... Acho que, dadas as circunstâncias, um pouco de baguncinha tem de ser aceitável.
Bem. Caso não for, perdoe não só a mim, como também a minha cama. O negócio é que, para procurar meu novo corte de cabelo, eu realmente precisava da cadeira...





PS: Lendo aquela frase e vendo essa foto ao mesmo tempo, não poderia deixar de constatar: eu devo realmente ser uma metamorfose contradição ambulante.