segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

and they're sitting all around you
holding copies of your chart
and the misery inside their eyes is
synchronised and reflecting it to yours

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Eu me lembro de um capítulo do meu livro de inglês da sétima série onde os textos de estudo (você sabe, todos os capítulos de livros de inglês têm textos de estudo) eram cartas entre “pen-friends”.
Pen-friends parecem ser interessantes. Eu gosto da idéia de falar sobre os problemas da minha vida com alguém que não faz parte dela diretamente.
E, mesmo agora me dando conta de que eu tenho muitas amigas que moram fora do país e não fazem parte da minha vida diretamente, com quem troco e-mails e cartas; e de que agora passei a frequentar semanalmente (frequência que será interrompida, agora durante as férias de verão, mas bom) uma nova psicóloga, que também não faz parte da minha vida diretamente, mas com quem converso sobre tudo; eu realmente adoraria trocar cartas com alguém que nunca vi, com alguém que nunca me viu.
Isso não deve ser super legal?
Deve existir um site para isso.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

500 DAYS OF SUMMER

E eu ainda tenho que escrever sobre o que achei do filme!
Bem, não foi o que eu esperava. Não foi de verdade.
Eu esperava que fosse um daqueles filmes que são duas horas de felicidade, daqueles que te fazem sair do cinema sorrindo, cantando.
Mas, sinceramente, o filme foi mais como um tapa na cara, me fazendo voltar à realidade, do que qualquer outra coisa.
Não que isso não tenha me deixado feliz.
Não sei como, eles ainda conseguiram fazer com que um tapa na cara, te fazendo voltar à realidade, ficasse leve e bonito, te dizendo de maneira cuidadosa e empática, "então, não se preocupe, nós todos passamos por isso, é o ciclo da vida, e você pode começar tudo de novo, e só depende você, e nós sabemos que você vai conseguir, e além de tudo isso escolhemos uma música legal para os créditos."

O narrador já tinha dito, "You should know upfront, this is not a love story. It's a story about love."
E, só depois de acabar o filme, percebi que 500 dias com ela são 500 dias com ela, e não o resto da minha vida com ela.


Zooey, sempre concordo com você.

"and everything looks perfect from far away..."



Achei uns vídeos do Ben Gibbard cantando músicas acústicas do Death Cab For Cutie e Postal Service (e também do Michael Jackson, haha) nos meus vídeos recomendados do youtube, e adorei essa versão de Such Great Heights, meio MEIGA.
Aliás, li esses dias que ele já se casou com a Zooey Deschanel. Poxa, que filhos legais esses dois vão ter.

Ah, hoje fui na psicóloga!
Foi bom.
Fui no dentista também.
Foi desagradável.
Odeio tanto fazer limpeza e não poder cuspir minha saliva. E ela põe aquele caninho, que deveria sugar minha saliva, mas não funciona! É agoniante.
"So he said, ‘Would it be all right, if we just sat and talked for a little while, if in exchange for your time, I give you this smile?’ "

domingo, 6 de dezembro de 2009

43

Sempre quando é verão e você dorme de janela aberta / esquece de colocar o repelente na tomada, os pernilongos obvia e logicamente se aproveitam da sua falha para se alimentar.
O que normalmente acontece, é você acordar com uma coceira um tanto quanto desagradável na perna inteira, às vezes também no braço, e tudo mais.

Quando você mora em Curitiba, e, mesmo sendo dia 5 de dezembro, está uma noite estranhamente fria, principalmente em comparação ao dia, você se cobre para dormir.
Eu, pessoalmente, à noite sou muito friorenta, e a noite passada, me cobri até o nariz.
O que não impediu os pernilongos do meu quarto de "fazerem a festa", como disse minha mãe, não só na minha testa e no meu nariz, mas também no meu olho.
Acordei às 9h da manhã impressionada com meu olhar sedutor.

Sim, essa sou eu.

sábado, 5 de dezembro de 2009

random / filmes

MEU DEUS, achei essa foto na internet esses dias, e me deu uma coisa HORRÍVEL, um calafrio, uma coisa no coração. Essa bruxa era a coisa que eu mais tinha medo quando eu era pequena, e cada vez que eu vejo essa foto me dá uma coisa ruim. Eu provavelmente nem deveria colocá-la aqui, mas é que bem, eu quis compartilhar com alguém esse sentimento.
Hoje assisti Prête-Moi Ta Main, um filme francês-meio-tentando-ser-americano mas que eu até que gostei. O que eu mais adorei, na verdade, foi a Charlotte Gainsbourg, que no começo parece feia, mas vai ficando bonita com o decorrer do filme e é muito charmosa. Além disso, ela é super magra e não tem peitos, o que achei muito legal, afinal ela é charmosa mesmo assim. Aliás, a mãe dela também não tinha peito e era linda. Não a mãe do filme, a mãe da vida real.

Ah, e amanhã, VOU ASSISTIR 500 DAYS OF SUMMER!

teorias

(sobre o post anterior - Sentimental Heart)
  • Acho que eu, na verdade, sou as duas coisas.
  • Acho que as pessoas fingem, sim, e que eu me incluo nisso. Mas me dei conta de que eu não fingi ser uma menina alegre e social na sétima série. Me dei conta de que eu era, genuinamente, uma menina alegre e social, e que isso era porque eu finalmente tinha amigas depois de um ano triste e solitário, e gostava da minha escola - apesar da comida terrível da cantina -, e gostava do inverno frio, e de todas as outras estações bem definidinhas, e do estilo das pessoas, e das ruas bonitinhas, e de muitas muitas muitas outras coisas.
  • Acho que eu nunca fingi ser uma pessoa divertida.
  • Acho que ninguém consegue simplesmente fingir ser uma pessoa divertida.
  • Acho que eu sou uma pessoa divertida, às vezes, e outras vezes não sou.
  • E acho que isso provavelmente é normal. Claro que sim. Isso é completamente normal.
  • Acho que o que eu preciso mesmo, e separar melhor meu Dr. Jeckyll e o meu Mr. Hyde, porque tem algumas características minhas - das quais eu gosto - que foram "categorizadas" como Mr. Hyde, e fico fugindo delas sem razão.
  • Uou, adorei essa metáfora que eu acabei de fazer.
  • Ah, eu adoro macarrão.
  • Não, esses últimos 2 pontos não foram teorias.
  • Mas e daí?

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

sentimental heart

Acabei de ler um texto que eu já tinha esquecido que tinha escrito, no meu antigo blog.

Era do começo de 2008, mas sobre meu primeiro ano na França, 2005.
Era sobre como eu era apaixonada por um menino chamado Lars - com quem eu nunca tinha tido coragem de falar - e sobre como eu era triste e solitária, por eu falar francês muito mal e não conseguir conversar direito com ninguém, por eu falar demais sobre meus sentimentos - fossem eles meu amor por Lars ou a raiva que sentia por uma menina que paquerava ele - e, é claro, pelo fato de que esse menino não gostava de mim, e achava graça em tudo o que aquela outra menina falava.

Bem. Não era sobre isso que eu queria falar. É que os sentimentos meio que voltaram. Foi uma fase difícil para mim. É difícil ter onze anos. Ainda mais sob estas adoráveis circunstâncias.

De qualquer jeito, o que eu queria dizer é que eu estava pensando sobre como, no final daquele texto, eu falei sobre o fato de eu ter abandonado alguns dos meus hábitos quando começou meu segundo ano fora do Brasil; sobre como decidi me "descomplexar", fazer amigos e abandonar meu iPod e meu diário nos intervalos da escola.
Me pareceu uma boa decisão, na época.
Mas agora, eu não sei exatamente.

Durante todo o meu segundo ano na França, ou uma boa parte dele, eu estive acompanhada. No ano seguinte, arranjei o meu primeiro namorado. Depois, arranjei o meu segundo, do qual já falei um bocado (Felizmente, só no meu antigo blog. Já faz algum tempo que eu finalmente o esqueci)

Voltei para o Brasil em 2007, o que interrompeu não só o que era para ser o meu terceiro ano na França, mas também meu "primeiro namoro sério" (não sei por que coloquei entre aspas, porque, mesmo eu tendo 13 anos na época, aquele foi meu primeiro e último namoro sério) (não último porque eu nunca mais vá ter um namoro sério, mas sim porque não tive nenhum namoro sério desde então).
Mesmo me sentindo horrível e querendo voltar para a Europa, onde eu me sentia bem e aonde já tinha criado novos hábitos - que definitivamente não combinavam com os hábitos das pessoas daqui -, eu continuei sendo uma pessoa aparentemente alegre e social.
Quem sabe porque eu tinha um namorado (mesmo à distância, achávamos que íamos conseguir, sabe, manter o relacionamento) (haha). Quem sabe porque alguma parte minúscula, minúscula mesmo, de mim estava animada em começar tudo de novo. Ou quem sabe porque eu realmente gostava de passar essa imagem para as pessoas, o que eu acredito ser a possibilidade mais válida das três. Se bem que a possibilidade 1 também é lógica.

Bem, aqui no Brasil, foi assim por um tempo.
Consegui manter essa imagem de menina alegre e social durante meio ano, e, mesmo tendo sido muito difícil para mim, eu não acredito que tenha sido algo do qual possa me orgulhar.
Porque, depois que esse meio ano acabou, o meu eu-sofredouro-da-sexta-série voltou, e com ele, todos aqueles hábitos que estiveram escondidos bem no fundo de mim por tanto tempo.
Ao perceber o que estava acontecendo, minha primeira reação foi querer fugir daquilo de novo. Para mim, ser tudo aquilo que eu era na sexta série - mesmo extremamente sentimental sendo a única caracterísitica na qual consigo pensar, eu sei que eu era muitas outras coisas, boas, ruins, e tanãnã - significava não ter amigos, ser sozinha, triste, sem ninguém.
Mas será que eu estava certa? Será que fugir disso era a melhor solução? Às vezes eu me sinto como se aquilo, o eu-sofredouro-da-sexta(-e-também-da-oitava)-série, fosse simplesmente eu.

É que também, às vezes, e muitas vezes, eu não entendo na minha cabeça que é assim, que as pessoas fingem e se mostram diferentes do que elas "realmente são".
Mas é assim sim, e acho que não adianta eu passar a vida inteira sendo verdadeira se isso quer dizer que eu tenho que estar sozinha.
E me dói, pensar isso. Eu quero ser verdadeira. A maior parte do tempo, eu acho que eu sou.
Isso me deixa feliz comigo mesma.
Mas eu cansei de ficar sozinha. Será que isso é ruim? Cansar de ficar sozinha? Estou entediada de mim mesma. O que que eu posso fazer? Nada está me animando. Eu estou ficando desesperada. Acho que não consigo mais escrever. Acho que eu não vou conseguir explicar nada do que eu estou sentindo quando for para a psicóloga, e não consigo fazer com que os tópicos que eu estou anotando antes da minha consulta - para não esquecer NADA quando estiver lá, o que acontecia muito quando eu ia no meu outro psicólogo - façam sentido.

Ah.
E acho que estou de TPM.
E com uma vontade louca de comer macarrão.

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

"I’m far from fearless. I’m afraid of everything. But maybe when you’re afraid of everything, it sort of seems like you’re scared of nothing."
Natalie Portman

Às vezes eu queria ser a Natalie Portman.
E, mesmo sendo só às vezes, ultimamente até que isso tem acontecido com frequência.
Aliás, quero muito ver o novo filme dela.

Ainda estou citadora de frases.
Mas marquei psicóloga para semana que vem. Quem sabe isso me ajude a voltar a escrever.
E a apreciar de verdade o fato de eu ser eu.
Não que eu não aprecie, é claro.
É só que não é o tempo inteiro.
Se bem que isso deve ser normal.
Eu também não quero ser a Natalie Portman o tempo inteiro.

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Ei rebso miari misai, passei algum tempo tentando decifrar seu nome, não consegui.

Mas o que eu queria te dizer era que, ultimamente, só consigo escrever às vezes, bem às vezes.
E é horrível, e eu odeio isso, mas o que eu posso fazer?!
Tentar, provavelmente.

Mas é que agora não vai dar. Apesar de já ser dezembro, eu ainda tenho 6 dias de aula e 11 provas. Estou morrendo de cansaço, fico sem ar e tonta só de subir a escada de casa e não suporto mais ouvir meus professores tentando animar todo mundo e dizendo "Vamos lá, galera, é a reta final" ou "Não morram na praia".
Agora não vai dar também porque prometi para mim mesma que hoje à noite, só vou poder comer bolo de chocolate se tiver feito 10 páginas de exercícios de física e feito resumos de sociologia e história. Então eu deveria me apressar para fazer essas coisas. Só consigo pensar naquele bolo.

Aliás, ultimamente, só tenho conseguido pensar em comidas.
No meio da aula, me dá vontade de comer alguma coisa, e é horrível (às vezes até sinto o cheiro daquela comida, e é claro que é psicológico, mas me dá mais e mais vontade de comer aquela comida, e isso é um tanto quanto agoniante.)
Mas, mais cedo ou mais tarde, ou eu começo a prestar atenção na matéria e a esquecer disso, ou deito a cabeça no meu estojo - que é extremamente fofo, eu devo dizer - e durmo.
Então, bem, toda essa agonia acaba nem durando tanto tempo assim.

Ah, e falando em psicológico ali em cima, arranjei uma psicóloga para eu ir. Vou ligar para lá hoje. Aliás, essa é outra coisa que eu tenho que fazer hoje à tarde para poder comer aquele bolo à noite. Acho que eu deveria mesmo ir.

PS: Não sei bem se eu posso dizer que consegui escrever, mas eu meio que tentei, e meio que acho que posso dizer que pelo menos compartilhei fatos aleatórios sobre a minha vida, e isso foi interessante.

domingo, 29 de novembro de 2009

“I think there is something beautiful in revelling in sadness. The proof is how beautiful sad songs can be. So I don’t think being sad is to be avoided. It’s apathy and boredom you want to avoid. But feeling anything is good, I think. Maybe that’s sadistic of me.”

— Joseph Gordon-Levitt

Hoje estou bem citadora de frases.

E meio fascinada pelo Joseph Gordon-Levitt (apesar de ainda não ter visto 500 Days of Summer), que além de ser bonitão pensa parecido comigo!

Haha não acredito que eu disse que ele é "bonitão".

Mesmo eu acreditando que, no fundo, todas as adolescentes meninas são iguais ou extremamente parecidas, eu sei que potência é diferente de ato, e preciso agir, criar, fazer alguma coisa.
Porque isso é uma das poucas coisas que nos diferencia.
Ou nos diferenciaRIA.

"Cute is when your personality shines through your looks. Like, when you see someone’s personality in the way they walk and you just feel like hugging them every time you see them."
Natalie Portman

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Somtimes I wonder what I would answer if my friends asked me if I was in love with him. Now, they would never question because I'm really good at hiding my feelings due to years of practise. But IF.

"I don't know" I might say. "I'll admit that there is a certain tension between him and me that I don't feel I have with anyone else." Then, after a moment of thought, I might continue: "But, what I do know is that sometimes I want to stroke his back so bad I can't barely stand it, and sometimes I make things on purpose just so I can be near him. What I also do know, is that I'm scared. So awfully scared."

The thing is that I don't want to feel anything. At all. But sometimes the feelings attack me so hard I can't ignore them anymore. They push and push and push, until they finally come through, and then, usually, I run. I can't bear to deal with them, and I certainly can't deal with the feelings that comes after. When you've been hurt. And you always get hurt.

I never let anyone in. It takes years of good behaviour to make me trust a person fully. Much because I've been let down. Hard. I've poured my heart out to people who only stomped it and threw it away. Such things hurt. And leave marks. So, in many many years I've never let myself feel anything for anyone, I've run when I couldn't ignore the feelings anymore. I've run so awfully much, in such an awful long time, and I'm so awfully tired.

So, this time, I shave sworn to myself to stay put, to not run from them. The feelings that make me want him to hold me. The feelings that, when he looks at me in a certain way, are so overwhelming that it takes all of my self-restraint to not move over and kiss him full on the mouth. The feelings that makes me pee myself out of fear.

I really don't know what to do. People tell me loving someone is the greatest thing in life, but I know how you feel when you get hurt, and I know running is easy and it spares your feelings, and... And I'm babbeling. I always do when I'm scared. And I'm so awfully scared right now.

How the fuck can you be scared of love? I truly must be an idiot.

- Le Love

domingo, 22 de novembro de 2009

bem...

Poxa, eu nem odeio festas tanto assim.
É que às vezes eu só queria um amorzimmm.

(Não era pra rimar, mas estava com vontade de escrever "amorzim")
(E, bem, eu acabei gostando)

her heels so high and my hopes so low

2009 já está acabando, e, mesmo sabendo que agora não é o momento ideal para escrever um desses textos-de-fim-de-ano (não só porque ainda estamos em novembro, mas também porque estou cheia de provas e trabalhos e deveria é ocupar meu tempo estudando - ou dormindo), eu sinto que preciso escrever sobre algo que marcou , hoje e em muitas outras sextas e sábados que passaram, o ano de 2009: as festas de 15 anos.
Foram tantas festas durante o ano, que meio que virou rotina - tem até uma coisa, de eu sempre, quando chego em casa depois das festas, lavar meu pé no bidê com sabonete de côco, botar uma meia e fazer uma faxina no meu quarto antes de dormir. Mas hoje, depois de lavar o pé, deixei minha bagunça em cima da mesa e resolvi escrever.
Isso porque, ao mesmo tempo em que, ao longo do ano, eu me acostumei a essas festas, eu também já me acostumei a me sentir, sinceramente, uma merda depois da maioria delas.

Eu sei que não deveria. Festas deveriam ser divertidas. Para a maioria das pessoas, são. Sabe, é para eu lembrar delas quando eu for velhinha. Quando eu lembrar da minha juventude.
Mas é que, vários adolescentes inseguros (que fingem não ser inseguros) reunidos em um lugar, bebendo e dançando Lady Gaga desajeitados e com vergonha do que os outros vão pensar, sei lá, simplesmente me parece ridículo.
Não que eu, pessoalmente, não seja tímida e não tenha vergonha do que os outros possam pensar. Às vezes eu tenho é impressão de que está estampado na minha testa, SOU INSEGURA, ou, ESTOU ME SENTINDO HUMILHADA MAS ESTOU FINGINDO QUE NÃO ESTOU. E eu bem que queria me enganar e acreditar, pelo menos, que eu sei fingir não ser insegura que nem todos esses adolescentes aí.

Sei lá. O que eu mais queria era sentar e conversar com alguém interessante. Não ficar no meio de um bando, sendo pisada por saltos agulha e molhada por pessoas que já nem se dão conta de que estão segurando um copo.
Eu não consigo me divertir em situações assim. Minha mente não deixa.

Quem sabe isso foi um pouco íntimo demais para escrever aqui, mas o que eu vou fazer? Eu achava que precisava escrever sobre isso.
Depois de muitas madrugadas de faxinas repletas de reflexões, essa foi a minha conclusão.

terça-feira, 17 de novembro de 2009

coisas / eu tentando mudar minha vida


Until a person takes responsibility for where he is, there is no basis for moving on. The bad news is that the past was in your hands, but the good news is that the future, my friend, is also in your hands.
— Andy Andrews

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

oh boy

Quanto tempo da minha vida eu passei fazendo coisas que eu, no fundo, nem tinha vontade de fazer?
Quantas coisas não experimentei, quantas vezes fiz o que eu tinha que fazer e fiquei me sentindo uma merda depois.
Meu deus.
Para que ficar me enrolando? Qual é o sentido?
Cansei, e acho que eu já deveria ter cansado faz tempo.

sábado, 14 de novembro de 2009

tudo acontece

"Great to hear from you, I didn't expect for you to call me back"

"ALOHA"
"So how's Hawaii?"
"Well, I'm checking out this cute guy..."
"Why are you telling me that?"

"Hey Claire, don't leave, stay, let's have breakfast!"
"As a specialist in the field of last looks, this one was pretty iconically Claire."
"LIFE."
Não sei como eu sempre consigo esquecer o quanto esse filme é lindo, ou como, mesmo sabendo todas as falas de cor, eu ainda consigo interpretá-lo de maneira diferente a cada vez que assisto, me sentir de uma maneira diferente a cada vez que assisto, me emocionar a cada vez que assisto.
Hoje, assistindo Elizabethtown, eu estava me sentindo mais parecida com Drew do que com a Claire; e, quando o filme acabou, chorei e pensei em como eu preciso parar de levar tudo tão a sério, como preciso ocupar meu tempo com coisas mais interessantes do que as coisas que vêm me ocupando nos últimos tempos, e, principalmente, pensando sobre como todos, todos, todos os sentimentos são lindos.

Ah, eu amo amo amo amo amo esse filme.

PS: Alguém percebeu minha atual mania de repetir as palavras?
Não sei bem daonde ela veio, mas está ficando meio inevitável escrever assim.

terça-feira, 10 de novembro de 2009




E eu adoro adoro adoro poder dizer que isso aí é verdade.

sábado, 7 de novembro de 2009

I just think that we'd get on



Ouvi ontem essa música pela primeira vez, e, logo no começo, me identifiquei com ela.
Quando ouvi aquela parte da música onde ela está na festa, que ela vê ele com a outra, nossa, me senti muito mal, e o sorriso que a música estava me proporcionando (não posso deixar de mencionar que nesse momento eu estava dentro do carro, com a janela aberta, e estava Sol) foi substituído por uma cara de decepção e de HÃ? COMO ASSIM?
Acho que é porque a música em si ficou mais lenta e porque a voz dela ficou mais triste, tem todo um clima assim.
Ou, quem sabe, eu simplesmente me identifiquei com ela, e com essa situação nada agradável.
Eu acabei não só me identificando com o começo da música, mas também com o meio, com essa parte da festa, com o fim.
Não que eu esteja vivendo um momento particularmente ruim agora. Muito pelo contrário.
Acho até que eu finalmente entendi uma coisa que eu estava tentando entender faz tempo.
Mas mesmo assim. Eu sei como é.
Eu sei eu sei eu sei.
E fico feliz em pelo menos achar que posso dizer que já passei dessa fase.
E em ter esperança de que isso seja mesmo verdade.

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Ah, eu adoro o verão.
Eu adoro passar a manhã inteira com cheiro de protetor solar;
Eu adoro deixar meu cabelo secar naturalmente;
Adoro quando posso passar um tempão tomando Sol ouvindo músicas veraneias (ou não veraneias, afinal quando é verão você não necessariamente precisa ouvir uma música veraneia para ficar num humor veraneio) (mas bom);
Adoro tomar banho morno e passar um hidratante cheiroso depois;
Adoro quando minha mãe fica negona, porque ela é loira, então fica engraçadinho;
Adoro ir para a praia e ficar isolada do mundo lá por um tempinho;
Adoro ler até as 3 da manhã e poder acordar ao meio dia no dia seguinte. Em todos os dias seguintes, na verdade.
Adoro também, nos raros dias em que eu não acordo ao meio dia, caminhar na praia com meu avô, que é careca e usa boné de aba reta que nem os meninos rappers da minha escola. Aliás, que nem todos os meninos da minha escola. Que não necessariamente são rappers, mas que usam boné de aba reta. Todos.

Aaaaaah, adoro adoro adoro o verão, mas ele não chegou ainda.
E, apesar de eu ter passado uma horinha agora na piscina, ouvindo músicas veraneias e sentindo aquele cheirinho familiar de protetor solar, agora tenho que fazer tarefa de física.
Infelizmente.

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

People are lonely because they build walls instead of bridges

domingo, 1 de novembro de 2009


quarta-feira, 28 de outubro de 2009


"Richard do Texas não é um cara que se preocupa com muita coisa. Eu não diria que ele é uma pessoa neurótica, não. Mas sou um pouco neurótica, e é por isso que passei a adorá-lo. A presença de Richard no ashram se transforma em meu grande e divertido porto seguro. Sua imensa autoconfiança de gigante aplaca todo o meu nervosismo e lembra-me que tudo realmente vai acabar bem. (E se não acabar bem, pelo menos vai ser engraçado)."
- Comer Rezar Amar (SIM, ainda)

domingo, 25 de outubro de 2009


Mais algumas fotos de Nova York, tiradas com a câmera do meu pai, que é linda e um dia ainda será minha.
Queria pintar a parede do meu quarto daquela cor lá de cima.

sábado, 24 de outubro de 2009

queroqueroquero



Essas fotos me deixaram muito ansiosa para o verão.
Quero calor, quero praia.
Quero estar de férias, quero passar dias inteiros lendo, quero sair por aí de vestido e de óculos de Sol.
Quero muitas outras coisas também, mas agora é 1h30 da manhã e eu acordei às 5h para estudar para minha prova de matemática, passei o dia inteiro com dor de cabeça e ainda tenho que esfoliar meu nariz antes de dormir.
WHAT THE HELL AM I DOING HERE?

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

two birds (de novo)

"I'll believe it all
There's nothing I won't understand"
- Regina Spektor


Acho que eu poderia escrever minha biografia (ou alguma coisa assim) só com músicas da Regina.
Eu sei que parece que eu sou obssecada por ela, e o pior é que acho que eu fiquei, depois de ir no show.
Senti uma empatia, sabe, me identifiquei com ela, de certa forma. Ouvindo ela cantar, parecia que ela era minha melhor amiga, que estava conversando comigo, me contando seus sentimentos.
Na verdade ela estava. Não conversando comigo.
Mas contando seus sentimentos. Cantando seus sentimentos. Tocando seus sentimentos.
(haha meu deus, estou mesmo obssecada.)
Mas é sério, ela parecia tão concentrada e apaixonada pelas músicas enquanto tocava, eu fiquei muito impressionada, com vontade de ter uma coisa assim na minha vida, tão importante quanto a música é, ou pelo menos para mim pareceu ser, para a Regina.

Mas, agora eu preciso estudar, amanhã tenho prova de matemática e eu ainda nem sei do que se trataram as 3 aulas que eu perdi semana passada.
Cadê a responsabilidade sobre qual eu tinha escrito antes de viajar?
CADÊ O DEVER ANTES DO LAZER?
AI AI, esse computador estraga minha vida.
Sério.

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

how sweet is that?







Eu sei que as fotos não estão tão boas...
Elas realmente não ficaram do jeito que eu queria, não só porque eu comprei a câmera errada, mas também porque a maioria dos meus dias lá foram frios, cinzentos e chuvosos.
Mas bom. A viagem foi linda! (Estou tentando consertar depois desse meu começo pessimista)
O vídeo da Regina ali de cima foi feito por MIM!
how sweet is that?

sábado, 10 de outubro de 2009

13

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

reminiscing

Isso é tão bom.
Voltar no tempo um pouquinho e lembrar do que você já fez.
Lembrar de todas as pessoas diferentes que você já foi.
E perceber que, na verdade, você ainda é cada uma delas.
Cada uma.

Elas podem até estar escondidas.
Mas é só olhar uma foto, ouvir uma música, sentir um cheiro... e ali estão elas de volta.
Elas sempre vão estar com você.
E é tão estranho.
Mas é tão... mágico.



quinta-feira, 8 de outubro de 2009

"I've got a hunger twisting my stomach into knots"

respons.abilidade

Eu sempre pensei que, quanto mais você sofresse, quanto mais levasse patada; mais madura, corajosa e forte você seria.
Sempre pensei que fossem os momentos difíceis que nos faziam evoluir, e perguntava a mim mesma como as pessoas ao meu redor conseguiam evoluir se não tinham passado por metade das coisas terríiiveis pelas quais eu tinha passado.

Agora, eu não só entendo que cada um tem seus problemas (como que é aquela expressão? Cada um sabe o peso da sua cruz, uma coisa assim?!), como também entendo que não são os momentos difíceis que nos fazem evoluir.

Momentos difíceis não servem para nada se você não aprende, não aprende e não aprende a lidar com eles. Não servem para absolutamente nada, se você não aprende a REAGIR.
Eu li um pouco sobre isso no livro Comer Rezar Amar, que eu estou lendo a aproximadamente 6 meses e não consigo terminar nunca, não só por ter pouco tempo na minha agenda lotadíssima, mas também porque sempre que eu sento para ler, não consigo ler mais do que 3 ou 4 páginas sem ter que parar e começar a pensar sobre tudo o que Elizabeth tinha acabado de dizer ou fazer.
Em uma parte do livro, ela começa a falar sobre o que entende por RESPONSABILIDADE, e eu achei incrível, porque nunca tinha parado para examinar a palavra e tentar entendê-la do jeito que ela conseguiu fazer.
Dividindo a palavra em duas, ela disse que o que responsabilidade significava para ela era "habilidade de responder". Habilidade de reagir.

Poxa, é disso que eu preciso. Responsabilidade. Habilidade de responder.
Preciso aprender a lidar com meus problemas, por mais bobos e da-minha-cabeça que eles possam praticamente sempre parecer. Ficar fugindo e evitando tudo isso, só me deixará cada vez mais imatura, cada vez mais fraca, e cada vez menos corajosa.
Porque eu, mesmo depois de todo o "peso das cruzes" que tive que carregar, sou uma medrosa.
Como se nada do que tivesse me acontecido fizesse diferença alguma.
"Como se", nada.
Nada do que me aconteceu fez diferença alguma.
Eu é que tenho que fazer as diferenças.
Eu é que tenho que manter minha mente aberta, eu é que tenho que parar de ter medo de errar.
E eu sei que já falei sobre isso aqui, mas, argh, o que eu posso fazer?
Quem sabe de tanto repetir eu consiga convencer a mim mesma.
Quem saiba alguma coisa nisso tudo acabe fazendo alguma diferença.


Ah, segunda vou para Nova York!
E vou voltar com fotos.
Minhas fotos! Aaaah!

sábado, 3 de outubro de 2009

Às vezes acontecem coisas, que quando descobertas, nos machucam direto no coração.
Fazia muito tempo que eu não me sentia assim, e eu não tinha percebido.
Achava que as dores que eu sentia eram isso, mas não eram.
Acho que é porque faz tempo que eu não amo assim, tão abertamente para deixar alguém me machucar direto no coração desse jeito.
Também porque foi essa pessoa que amei tanto tempo atrás que me machucou, sem nem ao menos falar comigo, e com certeza querendo a cada dia esquecer mais um pouquinho de mim.
I don't blame him, mas mesmo assim.

Poxa.
Doeu de verdade.
I’m glad we had the times together just to laugh and sing a song, seems like we just got started and then before you know it, the times we had together were gone.
— Dr. Seuss

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Isso me faz pensar em Hamlet (e em Giovanni, o professor de filosofia, que, odeio admitir, já foi citado aqui algumas vezes) (não sei por que odeio admitir, mas odeio) (argh, sei sim, eu me sinto como se tivesse uma obsessão estranha por meu provessor gordo e ruivo de filosofia).
Mas então, isso me faz pensar em Hamlet, e em como, em uma parte do livro, ele dizia alguma coisa do tipo "pensar é o que deixa o homem covarde" (sei que ele disse de um jeito muito mais poético, mas essa era mensagem) (ou pelo menos essa foi a mensagem que eu entendi.)
Será que eu devo mesmo parar de pensar?
Não sei se eu quero. Eu gosto de pensar.
Gosto do jeito como a minha cabeça vai rápido de um pensamento para o outro, eu me divirto.
Eu me lembro que, a primeira vez que fui ao psicólogo, ele me disse que eu, falando, parecia um texto de Wikipédia. Cheia de links, que pulavam de um assunto para o outro.
Ele dizia que isso era ruim, e que eu tinha que ter objetividade.
E quem sabe eu tenha, mas eu gosto tanto de ser um texto do Wikipédia.
Quem sabe tudo o que eu queria mesmo, era que alguém me lesse.
(DEU PARA ENTENDER ESSA SUPER METÁFORA?)
Nossa, agora parece que eu entendi tudo.
E eu sei que em breve eu possa não estar mais me sentindo assim, como se tudo fizesse sentido. Mas, sinceramente, não tem problema, porque daqui a pouco eu vou estar fazendo minha tarefa de física, ou comendo. E, sinceramente, o que pode me aborrecer enquanto eu como? Ou melhor, o que pode me aborrecer enquanto eu como QUEIJO? Porque, ahhh, eu amo queijo. Agora eu vou sair daqui. E é bem isso que eu vou comer.

domingo, 27 de setembro de 2009

where the wild things are


"Well, let me tell you this, I am shamelessly self-involved. I’m made up of aspirations, mistakes, flaws, and abilities. I sleep all day, and stay up all night. I have a million pet peeves, and I always make a fool of myself. Awkward conversations, a weird sense of humor, and an overactive imagination is what I consist of. I make everyone believe that I like to be different, but really, i just don't know how to fit in. I don’t believe in science, only love, sex, and music. I secretly think of myself as an artist, who doesn’t make art. No matter who I try to be, I’ll always be the weird quiet girl. I think what I need more than anything else in the world is to be told, just once, that he doesn’t know what he would do without me. I’m not brave enough to make the risks that would truly make me happy. I want to do more than just exist."
- Desse blog lindo que eu acabei de encontrar.

a city for lovers


Segunda foto tirada por mim, com minha câmera podrona (pela qual estou à procura, acho que perdi), num final de tarde muito muito muito agradável passado com pessoas muito muito muito agradáveis na Champs Elysées. O céu não está lindo? Ao vivo parecia coisa de filme da Disney. Na foto até que também parece, mas podem pensar que mudei no photoshop, ou alguma coisa. Mas eu não mudei nada. Nunca tinha visto o céu num tom de azul tão lindo. E adorei esse grupo de velhinhos que apareceu na foto!
Que saudades.

Não dos velhinhos.
Da cidade. Dessas pessoas agradáveis.
É, acho que deu para entender.

sábado, 26 de setembro de 2009

fabuloso destino




Essa cena de cima parece descrever perfeitamente como eu venho me sentindo nos últimos dias, nas últimas semanas, no último mês.
Eu até me pergunto se, na verdade, eu não fui sempre assim.
E, sabe o que, eu não duvido.
Só não sei como eu consegui só perceber tudo isso agora.

Na verdade, ter percebido nem faz diferença, porque não consigo mudar.
Não consigo de verdade.
Eu tenho consciência de que posso mudar, mas não consigo mesmo assim.
Eu sei que parece não fazer sentido, e acho que, na verdade, não faz.
Mas o que eu posso fazer?

O pior de tudo, é que eu gosto desse filme.






E, argh, tenho vergonha em admitir, mas esse final me deixa meio...
esperançosa.

two birds


"Two birds on a wire
One tries to fly away
And the other watches him close from that wire
He says he wants to as well
But he is a liar

(...)
Two birds of a feather
Say that they're always gonna stay together
But one's never going to let go of that wire
He says that he will
But he's just a liar"

- REGINA SPEKTOR

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

terça-feira, 22 de setembro de 2009

quarta-feira, 16 de setembro de 2009



The thing is, while we are all full of insecurities, mine might just be a little different. I just need to know that you love me as much as I love you, and that if you had to choose, you’d pick me over any other girl in the world.

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

uma

Tá, uma reflexão só.
Afinal eu não consegui dormir.
"Love like you've never been hurt".
Já ouviu isso?
Acho que só agora eu entendi.
Sei que eu ando falando muito sobre isso ultimamente, e, sinceramente, agora não consigo entender como eu nunca percebi o que ando percebendo esses últimos dias.
Eu sei que parece ridículo e sem sentindo, mas eu sinto que eu estou, aos poucos, virando uma pessoa normal.

Na verdade, acho que usei a palavra errada.
Não é normal.
É feliz.

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Ah, ...


Achei isso por aí.
Eu deveria estar estudando, mas é que, bem, resolvi fazer uma pausinha.


gray or blue - jaymay
"Don't second guess your feelings, you were right from the start"

'comofas'

Você já parou para pensar que o mundo é tão seu quanto de qualquer outra pessoa?
E que você está tão errado quanto qualquer outra pessoa?
Todo mundo está errado. Todo mundo.
Parece tão óbvio.
Levei tanto tempo para enfiar isso na minha cabeça...
Na verdade ainda não sei se consegui.




Por que eu não consigo ser esperançosa?
Continuo morrendo de medo de quebrar a cara.
Que ridículo é isso, todo mundo vive assim?
Com constante medo de tudo dar errado?
Sei que não sou só eu.
Sei que isso é errado.
E sei que sou tão errada quanto qualquer outra pessoa do mundo, mas não quero ser infeliz assim, quero mudar.
Logo.
COMO FAZ?
Às vezes me dá vontade de voltar no psicólogo, sentar naquela cadeira, olhar bem para a cara dele e perguntar:
COMO FAZ ISSO? COMO? COMO VOCÊ CONSEGUE?
Poxa, escrevi um monte o outro dia falando sobre isso, e eu ia mudar!
Será que é tão difícil assim?
Se arriscar.
Não uma vez só. Várias.
Sempre.

domingo, 6 de setembro de 2009

"A ship in harbor is safe, but that's not why ships are built."

Today I want


E também essa meia-calça:

sexta-feira, 4 de setembro de 2009



Poxa, mas é difícil.
Eu nunca consigo saber o que é verdade ou o que não é. O que é da minha cabeça e o que acontece de verdade. Não percebo as reais intenções das pessoas. Ou sou muito ingênua, ou muito dura, não acreditando em ninguém por ter medo de me machucar.
E agora? Como eu faço as coisas acontecerem?
Eu sei que não deveria, mas tenho tanto medo de tudo dar errado de novo.
E agora e agora e agora?


PS: foi só falar do sol que ele foi embora...
PPS: hoje estou tão pessimista
PPPS: Poxa, vou escrever mais. Estou com vontade.

Estou tão perdida.
Quem sabe é porque eu parei de ir no psicólogo. Mas foi ele mesmo que disse que eu podia... Ele disse que eu tinha melhorado muito, e que ia conseguir me virar sozinha por algum tempo. E eu estou. Me virando sozinha, sabe. Eu acho. Mas às vezes, mesmo assim, me pergunto se já não seria a hora de voltar...
Às vezes só fico pensando... Pensando nas tantas coisas que eu posso ser, e no jeito que eu sou.
Nas roupas que eu decidi vestir, nas músicas que eu decidi ouvir e das que eu decidi não ouvir, das pessoas com quem eu decidi me relacionar, da maneira na qual escolhi me relacionar com essas pessoas, do jeito que eu decidi fazer com que todas elas me vejam.
Não assusta pensar que a gente pode escolher tudo isso? Simplesmente escolher tudo isso. Tudo isso daí. Tudo.
Escolhas assustam. A possibilidade de fazer a escolha errada assusta. As consequencias que virão depois da escolha, que pode estar errada, também assustam.
Meu psicólogo falava disso comigo. E sempre que meu medo de errar era o assunto, ele me perguntava, "Tá, e o que pode acontecer de tão horrível assim se você estiver errada?"
A maioria das vezes em que isso acontecia, era porque estávamos falando sobre meninos. Porque eu estava, mais uma vez, praticamente platonicamente apaixonada. Porque eu estava, mais uma vez, fazendo coisas idiotas, falando coisas idiotas, fugindo de algum menino - de quem eu claramente não queria fugir - feito uma idiota. Porque eu estava morrendo de medo de ser rejeitada. Porque eu estava, mais uma vez, prestes a ser rejeitada.
Não quero ser emocore. Juro. Não quero mesmo. Eu só estou falando a verdade. Não me comparando a ninguém, não dizendo que sou a mais sofredoura do mundo. Só estou falando a verdade.
Aliás, quem sabe uma outra verdade deva ser dita também: em todas essas vezes, ou na maioria delas, foi minha, a culpa.
Foi minha a culpa, porque fiquei com medo, e porque não soube lidar com esse medo. Ainda não sei como lidar com ele. Eu quero, mas não sei. Foi-se a época em que eu era corajosa, foi-se aquele - aquele - dia em que eu pedi para ir ao banheiro, no meio da aula de inglês, e pedi um menino em namoro no meio do corredor.
Argh, tudo parecia tão mais fácil antes. Eu não consigo fazer as coisas voltarem a ser daquele jeito. Acho que fui eu que mudei. Que comecei a me preocupar. Que comecei a ter medo de tudo. De fazer as escolhas erradas, de receber um não como resposta, de me machucar, de cachorros, de meninos.
Quer dizer, é claro que eu sempre tive medo. Principalmente de cachorros.
Mas por que, agora de repente, eu fiquei covarde e não consigo mais encará-los?
Pedir aquele menino da aula de inglês em namoro - não quero soar ridícula, mas - foi um dos meus atos mais corajosos. E nós namoramos por 9 meses. E foi muito bom.
Agora já acabou. E já faz algum tempinho.
Já faz algum tepinho também que eu preciso voltar a me arriscar. Faz algum tempinho que eu preciso voltar a ser corajosa.
Não quero sair daqui agora, depois de ter escrito tudo isso, e voltar a fazer as mesmas coisas.
Não quero que seja como o meu medo de cachorros. Que seja como quando acho que tudo ficará sob controle, até quando o cachorro aparece, e eu, ridicula e desesperadamente, me escondo, como eu sempre fiz, desde pequenininha.

Não quero nada disso. Estou escolhendo agora; escolhendo me arriscar. Espero que essa seja a escolha certa.
Se bem que, pensando bem, o que pode acontecer de tão horrível assim se eu estiver errada?