segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Vim para Balneário Camboriú, em Santa Catarina, todos os verões da minha vida, sem exceção. Em todas essas vezes, fiquei hospedada neste mesmo apartamento, situado a 3 quadras da praia e que pertence ao meu avô. Apesar de, ao longo do tempo, o lugar ter sido reformado, redecorado várias vezes e assaltado (apenas uma vez, graças a Deus); além da constante chegada de novas tecnologias ao apartamento - novos ventiladores, ar-condicionado, nova geladeira, máquina de lavar roupa... -, vir aqui me parece sempre igual. Chegar aqui e sentir o cheiro familiar, ouvir o barulho que meus pés descalços fazem quando ando sobre o piso, dormir na mesma cama, olhar para a mesma janela, coberta pela mesma cortina, enquanto fico deitada descansando e esperando meu cabelo secar depois do banho...
Outra coisa que se tornou familiar com o tempo foi "conviver" com a família que estivesse hospedada no apartamento ao lado, já que a janela da nossa cozinha dá certinho na frente da janela do apartamento 502. Já ouvi muitas conversas alheias, a maioria das vezes travadas por mulheres meio fofoqueiras enquanto cozinham ou enquanto uma delas lava e a outra seca a louça (essas são mais difíceis de ouvir por causa do barulho da água). Esse verão, depois de chegarmos aqui, enquanto ajudava a guardar as coisas de cozinha, olhei pela janela e imaginei quem estaria hospedado ali esse ano. Quem sabe seria alguém interessante. Um cara bonito.
No final das contas, acho que vou permanecer na familiaridade. Nada de caras bonitos e interessantes para eu paquerar. Acabei de voltar da cozinha, onde estava tranquila comendo uma bananinha, até perceber que estava invadindo a privacidade de um gordinho de bigode, que, ali na sua cozinha, estava tirando um tatuzinho do nariz.

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

A folhinha de maio anunciava a chegada do 15º dia sem banho. O mal-estar abafado pelas roupas impermeáveis e pelo esforço físico se fazia notar. O termômetro apontava 30 graus negativos, castigados pelo vento de 150km/h. Apesar das condições nada favoráveis, não tinha mais como adiar. Era chegada a hora do banho. A moça, então, iniciou o ritual: caminhou até o rio, encheu seu galão de 20 litros de gelo, acendeu o fogareiro, esquentou a água e abriu um sorriso prevendo sua tão esperada ducha. Entrou na barraca, despiu-se e suspirou com as primeiras gotas de líquido morno que sentia na pele em duas semanas de subida ao monte Everest.
Karina foi arremessada em questão de segundos. Os constantes minitornados característicos da região se formaram justamente quando ela, enfim, banhava-se. A barraca se lançou pelos ares e ela foi atirada 10 metros pelas pedras que cobriam o chão. "Caí, bati a costela, o ombro, o cotovelo e achei que tinha quebrado o braço. As minhas roupas voaram, fiquei pelada no meio do acampamento", recorda ela, sem demonstrar tempo ruim. Quem saiu atrás das roupas de Karina foi Jordan Romero, o norte-americano de 13 anos considerado o mais jovem escalador a alcançar os 8.848 metros do Everest - feito conquistado na companhia do pai e da madrasta. Paul e Karen, então, socorreram a amiga brasileira. As escoriações e contusões a deixaram sem mover o braço por 3 dias, mas, médica por formação, ela soube logo se tratar.
Dias antes de encontrar a família Romero e chegar ao último nível antes do cume, Karina se encontrava no lado norte do Everest (Tibete) justamente exercendo o ofício. Especializada em medicina de resgate em áreas remotas, ela havia sido contratada para monitorar a caminhada de um senhor de 80 anos até o acampamento-base. Richard Bass, o primeiro homem da história a escalar os sete picos mais altos de cada continente, estava indo celebrar os 25 anos do feito, conhecido como Seven Summits: Everest (Ásia), Aconcágua (América do Sul), Denali (América do Norte), Kilimanjaro (África), Elbrus (Europa), Vinson (Antártida) e Pirâmides de Cartzen (Oceania).
Essa era a segunda vez que Karina encarava os ventos gelados do Everest. Sua estreia foi com Dani Monteiro para a gravação do programa
Extremos, do Multishow. "Em alguns momentos tive certeza de que não ia conseguir chegar", desabafa a apresentadora carioca. "Mas a Karina sabe te motivar, ela tem muito mais preparo físico do que eu. Tudo o que ela diz fazer pode ter certeza de que faz muito bem. Além de ser forte psicologicamente", completa.
Quando Dani diz "tudo", ela se refere aos tantos esportes que Karina pratica. Ela é bicampeã brasileira de wakeboard, instrutora de mergulho, praticante de apneia, canoagem, kitesurf, snowboard, escalada em rocha, rapel, hipismo, downhill e já integrou equipes de corridas de aventura. Dançou balé por 12 anos, jazz por sete e tem a pole dance como hobby. Hoje, almeja o projeto que Richard Bass concluiu em 1985: "Quero ser a primeira brasileira a chegar aos sete picos mais altos de cada continente", desafia. Dos sete, ela já alcançou um. A subida aos 5.895 mil metros de Kilimanjaro foi registrada para o quadro "Rota Radikal" - com produção e roteiro de punho próprio -, exibido no programa semanal
Esporte Fantástico, na Record, entre meados de 2009 e 2010. Três anos antes, foi uma das apresentadoras do "Rolé", quadro do Zona de Impacto, no SporTV. Agora, comemora o recém-contrato com o Multishow, ainda sem saber o formato do programa.
O primeiro sinal da veia outdoor de Karina soou em 1989, quando, aos 7 anos, anunciara a família que desistira de ser astronauta para virar surfista profissional. Aos 8 anos, brotou a ideia fixa de saltar de paraquedas. Após três de insistência, recebeu o aval dos pais para se lançar ao céu de Boituva, no interior de São Paulo, e conheceu a sensação de queda livre. Já mais velha, aos 15 anos, foi morar na Austrália para terminar o ensino médio e se tornou salva-vidas em Gold Coast, depois de provar o excelente preparo para a natação. "Não queriam deixar de jeito nenhum, mas estava obcecada e passei nos testes", conta. A irmã caçula, Nathali, profissional de snowboard e companheira de escaladas, legitima o que já é notável: "A Karina não desiste nunca, é dedicada, muito transparente e forte emocionalmente."
Na volta ao Brasil, entrou na faculdade de Medicina do ABC e, seis anos depois, em 2007, se mandou para os Estados Unidos para se especializar em medicina de emergência e resgate em áreas remotas. Nesse meio-tempo, tirou brevê de piloto de helicóptero. "Fui fazer medicina para poder ajudar as pessoas no momento em que elas mais precisam", explica. Em 2008, portante, fundou, com dois sócios, a Medicina da Aventura, a primeira organização brasileira ligada à Wilderness Medical Society, da qual é membro, para promover treinamentos no ambiente selvagem, tais como: salvamento, doenças de altitude, ataques de animais selvagens, entre outros, além de liderar equipes de suporte para corridas de aventura.
Tanta atividade física exige um bom condicionamento. Quando está em São Paulo, onde mora com o pai, empresário, a mãe, maratonista, e as duas irmãs, Karina pratica corrida em ladeiras. Porém, como montanhista, não basta. É preciso treinar mais alto. Visto isso, ela escolheu o arranha-céu mais famoso da cidade como lugar de treino: o edifício Terraço Itália. Cinco dias por semana, carrega a mochila com 20 quilos de anilha de academia e sobe os 42 andares da escada de incêndio repetidas vezes. "É o melhor treino para o montanhismo", defende a moça, que ganhou permissão para tal depois de apresentar o projeto dos sete maiores picos de cada continente. "O montanhismo é desafiador, ninguém consegue se não tiver estratégia: você tem que carregar sua comida, sua roupa, seu oxigênio, derreter a água que toma...", enumera Karina, interrompendo a fala para contar que foi convidada para ser a representante sul-americana de uma expedição de sete mulheres que irão cruzar o polo sul, em 70 dias. Se ela tem medo? "Tenho medo de injeção e de a vida passar e não ser bem vivida. Tenho mais medo disso do que de morrer, então prefiro correr o risco", desafia ela, que só tem 28 anos. Imagina, então, quando chegar aos 80.

- Carol Sganzerla, revista TPM Novembro 2010.

Mais medo de injeção do que de morrer já está forçando a barra, né... Eu também não sou, digamos, a fã número um das agulhas, mas convenhamos.
De qualquer maneira...
Giovana Feix, leitora da revista TPM, só está aqui para legitimar o que, depois da leitura da história de Karina Oliani, já é extremamente notável:
EU PRECISO FAZER ALGUMA COISA DA MINHA VIDA.

sábado, 18 de dezembro de 2010

"Ugh, you make me sick. Have some fire. Be unstoppable. Be a force of nature. Be better than anyone here, and don't give a damn what anyone thinks. There are no teams here, no buddies.
You're on your own. Be on your own."

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

summer in the city

Infelizmente, minha empregada (cujos monólogos eu, que definitivamente passei tempo demais em casa essa semana, não aguento mais ouvir) estava certa quando, naquela deprimente segunda-feira chuvosa, afirmou que o tempo permaneceria igual durante o resto da semana.
Aliás, ontem, em Curitiba (situada, por mais irônico que possa parecer, a aproximadamente 25° de latitude sul), a temperatura mínima foi de 10°C, o que, apesar de faltarem menos de 10 dias para o Natal, me permitiu "matar as saudades" (e eu ponho entre aspas porque a verdade é que nem tinha dado tempo de ter saudades) da minha jaqueta de couro preferida. Fiquei também perplexa ao encontrar pessoas calçando botas ou vestindo japonas de nylon e casacos de lã na fila do empacotamento de presentes da Fnac, ontem de tarde, quando fui ao shopping comprar uns presentinhos. Tudo aquilo me lembrou aqueles filmes natalinos, clássicos norte-americanos; já que aqui, normalmente, o Natal é acompanhado de muito ar-condicionado, suor e mosquitos.
Hoje, não sei explicar por que, é dia 17 de dezembro, são 3h da manhã, e estou acordada, com um frio do cão. Tudo o que me resta é ter esperança na volta do sol e do calor, e, enquanto eles não chegam, tentar enfiar na minha cabeça que frio é psicológico. Acreditar genuinamente nisso não só me ajudaria a dormir agora, como também pode ser bastante útil quando eu tiver que enfrentar os habituais grauzinhos abaixo de zero dos fevereiros parisienses.
Éee... Em consideração ao meu não-realizado-desejo-do-meio-do-ano, Paris que me aguarde! Fevereiro está chegando. E, mesmo se eu não conseguir engolir essa história de frio ser psicológico até lá (o que é extremamente provável), tenho certeza de que a calefação francesa vai dar conta do meu frio, e de que a meia a mais, o cachecol e o moletom 2 tamanhos maior do que o meu poderão ser dispensados na hora de dormir.

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

oh, well

É impossível acreditar que eu ainda me deixo sentir desse jeito.
E provavelmente mais impossível ainda acreditar que o causador de tudo isso é ele. Um garotinho desses. Com uma dessas camisetinhas, uns daqueles tenizinhos. Fazendo aqueles gestinhos imbecis quando tira foto.
É. Um desses. Com... Bem, uma mentalidadezinha dessas.

E o maior problema de todos é que eu não deveria nem ter começado com esses diminuitivos. Porque, agora, me lembrei também das pintinhas, daquelas pintinhas, e... e...
Ai.
Sou mesmo uma imbecil.

Uma imbecil mesmo. Porque além de tudo, me deixei esquecer qual era a real intenção da noite. Era a despedida da minha melhor amiga, e, apesar de eu saber que não é isso que realmente importa para ela, me sinto mal.
Só temos mais 10 dias juntas, e, como quando me dei conta que o pão-de-mel que ganhei de natal tinha acabado e que eu o tinha devorado sem lhe dar a devida atenção; me sinto burra.
Acabou. E eu nem tive chance de aproveitar.

domingo, 12 de dezembro de 2010

swallow the key

Antes das minhas férias começarem e da pontualidade do meu relógio biológico (que, apesar de eu estar tentando mudar esse quadro, é, normalmente, a única pontualidade que eu tenho) ser estragada por completo, o que eu mais queria, praticamente todos os dias, era conseguir dormir antes das 22h. E eu nunca conseguia.
Agora são 02h28 da manhã, e, como, desde que a menina pela qual o narrador era apaixonado morreu, eu pseudo-abandonei a leitura de Looking For Alaska; acabei de desligar o computador. Utensílio que, pelo menos hoje, teve fins sutilmente mais interessantes do que quando me deixo passar horas e horas descobrindo as mais indescritivelmente inúteis coisas, como qual príncipe da Disney é meu par ideal (Fera) ou qual cor é a minha aura (azul). Ao invés disso, eu, hoje, passei o período entre as 23h e as 02h17 relendo a maioria dos posts do meu blog. Blog que, mesmo tendo pouco menos de um ano de existência, me permitiu perceber algo quem sabe imperceptível aos meus milhões de leitores: o quanto eu evoluí nesse período de tempo.
Foi só algum tempinho atrás que percebi o quanto a escrita, quando não tem função informativa (ou quem sabe até então), é inconscientemente hipócrita, e não consegue retratar a realidade da maneira na qual eu, ingenuamente, sempre acreditei que conseguia. Assim como quando me deparei com uma mãe convertida ao espiritismo e incapaz de me consolar, ou com um garoto de 16 anos que não age como um homem, e sim como um garoto de 16 anos (como há de se esperar...), perceber isso foi uma grande decepção. O que parcialmente justifica o fato de eu não ter escrito nada por aqui desde aquela grande decepção amorosa, aquela, proporcionada por ninguém menos do que o garoto-de-16-anos-que-age-como-tal.
Bem, só sei que agora estou aqui. Já passam das 3 da manhã, e estou querendo chegar a algum lugar, por mais confusa que essa tentativa de volta à escrita possa estar saindo. Acredito que, se isso fosse uma redação (aliás, que inesperado que é sentir saudades das redações semanais da escola, e até daquele desejo inatingível de dormir antes das 22h todos os dias), eu perderia muitos pontos no quesito Coesão e continuidade. É que o que eu queria mesmo, depois de reler tantos textos e de relembrar todos os momentos que eu, hipócrita ou não-hipocritamente, descrevi aqui, era registrar, da maneira mais verdadeira possível, o quanto estou bem e o quanto estou orgulhosa de mim mesma por tudo o que conquistei nesse período de pouco mais de um ano.
Eu, apesar das dificuldades, decepções, dramas e infantilidades (afinal, sou só uma garota de 16 anos), estou bem. Daqui a pouco vem 2011, e eu continuo aqui, tentando, com a maior boa vontade, driblar não só a grande mentira que pode ser escrever, como também a grande mentira que pode ser viver.
E é isso aí.

"I'm gonna make it, make it better
I'm gonna get the best and lock it up and
swallow the key"

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

"The next day, Dr. Hyde asked me to stay after class. Standing before him, I realized for the first time how hunched his shoulders were, and he seemed suddenly sad and kind of old. 'You like this class, don't you?' he asked.
'Yessir.'
'You've got a lifetime to mull over the Buddhist understanding of interconnectedness.' He spoke every sentence as if he'd written it down, memorized it, and was now reciting it. 'But while you were looking out the window, you missed the chance to explore the equally interesting Buddhist belief in being present for every facet of your daily life, of being truly present. Be present in this class. And then, when it's over, be present out there,' he said, nodding toward the lake and beyond.
'Yessir' "
- Looking for Alaska

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

paris vs. new york







Esse blog é muito bom.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

e falando em john mayer...


Passei algum tempo chorando em silêncio, olhando pela janela, sem conseguir achar as palavras certas para contar à minha mãe as últimas novidades da minha vida amorosa.
Era para ser um daqueles momentos gostosinhos da vida. Estava tocando o CD do John Mayer no carro, em vez da Voz do Brasil, e o sol estava se pondo. Eu tinha passado a tarde inteira dormindo, conversando com meu avô e fazendo yôga, e tinha finalmente conseguido marcar o médico para minha coluna. Era, sim, para ser um daqueles momentos gostosinhos da vida. Mas não era.
Minha mãe, que já conhece muito bem esse eventual esquema de entra-no-carro-chorando-e-não-fala-nada, tinha respeitado meu silêncio, e continuou me respeitando, quando eu cansei de procurar as palavras certas e comecei a lhe contar o que tinha acontecido, aos prantos.
Ela me ouviu pacientemente, e, quando percebeu que meu discurso de love is a losing game tinha realmente acabado, me olhou com compaixão, daquele jeitinho meigo e levemente irritante que só ela consegue. Felizmente, hoje, seu olhar foi muito mais meigo e muito mais cheio de compaixão que irritante, fazendo com que um leve sorriso se abrisse em meu rosto. Foi então que, para quebrar o que era quase um momento gostosinho da vida, vieram aquelas frases clássicas das quais ela aparentemente não consegue abrir mão...
"Filha, é melhor que isso tenha acontecido. Agora você sabe como ele realmente se sente, não vai ficar se iludindo"
"Todo mundo passa por isso..."
"Você ainda vai achar o cara certo..."

Realmente. Em nenhum momento, the thought of me as a lonely 87 year old lady who lives with her cats crossed my mind. And, by the way, I really do believe I'll find the right guy eventually. I just thought I'd meet some right-guyzinhos no meio do caminho, com quem eu me divertiria, sabe... Mas bom.
À medida que minha mãe falava, sua calma e compaixão se tornavam cada vez mais irritantes. Eu não conseguia ver sentido naquelas frases manjadas, por mais verdadeiras que ela as pudesse considerar. Voltei a chorar e passei mais um tempinho em silêncio, olhando pela janela e ouvindo City Love, que foi uma agradável e suficientemente dramática trilha sonora para o momento.
Foi então que meu novo discurso começou. Abandonando qualquer referência a Amy Winehouse, desta vez falei sobre meu comportamento e sobre o fato de eu provavelmente estar repetindo o erro que cometi em todos os pseudo-relacionamentos-amorosos que tive nos últimos anos.
Mesmo eu, às vezes, falando mal de mim mesma nesse tipo de situação para que minha mãe tenha pena de mim, me dê um abraço comprido e apertado ou compre croissants e queijo brie na Délices de France antes de irmos para casa (que confissão, estou até encabulada), eu não poderia ter sido mais sincera com todo esse discurso.
Apesar de ainda estar chorando, eu já tinha me acalmado um pouquinho, deixado minha indignação com as frases manjadas de lado e começado a pensar mais racionalmente. Já estava planejando a conversa que teria com minha analista no dia seguinte, e tentando descobrir, de verdade, o que eu devo ter feito de errado para que todos aqueles pseudo-relacionamentos-amorosos não tenham sido nada além de pseudo-relacionamentos-amorosos.
Depois de ouvir todo esse meu novo discurso, minha mãe olhou para mim, quieta. Sua expressão não era a mesma de antes, e as sobrancelhas franzidas mostravam que o fato de ela não saber mais o que me dizer frustrava, além de mim, ela também.
O que eu senti então só pode ser comparado à vez em que minha mãe, que tinha recém aderido ao espiritismo, não conseguiu me consolar, quando eu estava com medo de um filme de terror. Me lembro ainda hoje de como fiquei chocada quando ela olhou para mim e, pela primeira vez na vida, disse que espíritos existem.
Não sei se uma frasezinha manjada teria sido melhor do que aquele silêncio ou do que aquelas ruguinhas de preocupação em sua testa.
Sei que olhar para minha mãe naquele momento, depois de perceber que ela nem sempre tem os melhores conselhos amorosos e finalmente tem a liberdade de admitir não saber tudo para sua filha, me fez ver ela como o ser humano maravilhoso e cheio de compaixão irritante que ela é. E esse, apesar dos apesares, foi um momento muito gostosinho na minha vida.

domingo, 31 de outubro de 2010

"eu sei, é doce te amar
o amargo é querer-te para mim"
-los hermanos

sábado, 30 de outubro de 2010

"oh, what a mess we made"



Dizem que, quando se está apaixonado, é difícil conseguir dormir, porque a realidade é melhor do que qualquer sonho que você pode ter. Deveriam, no entando, ser mais específicos quando usam essa frase. "Estar apaixonado" tem muitos níveis diferentes, e no nível no qual me encontro agora, por exemplo, à 01h34 de uma sexta-feira à noite; o fato de eu não conseguir dormir é justificado pelo exato oposto do que as pessoas, ao usarem essa frasezinha mequetrefe, afirmam saber com tanta certeza.
Estou tentando me manter acordada não para desfrutar melhor o momento que estou vivenciando agora, mas sim para não ter que encarar tão de perto o que é ter você, nos meus sonhos, para tê-lo tirado de mim, depois, num piscar "abrir" de olhos.
Well, the thing is, I shouldn't even be home right now. After hours of getting ready, doing my makeup com toda a calma necessária, switching outfits and bras a couple of times so that I'd feel pretty and sexy enough for tonight, here I am, lying on my bed, de pijama. I came back home at one. I feel stupid and lame, humilhada e derrotada, sem vontade de nada. Because you never even came. Because you never called. Because you never actually cared.
Agora, I'm left com um travesseiro cheio de lágrimas misturadas com a maquiagem que eu não tive empenho de tirar, com esse rolo de papel higiênico na minha mesinha de cabeceira e com a impressão de que não quero nunca mais me apaixonar na vida. The feeling's actually familiar, e estou começando a acreditar na Amy Winehouse. De todas as músicas que começam pela palavra "love" no meu iPod (que, lemme tell you, são muitas), a dela é a que me parece mais verdadeira. Love really is a losing game. At least to me (e para a Amy também, I guess), é isso que ele acaba sempre, sempre mesmo, sendo.

quotes que se aplicam ao momento

"Honestly, if you're not willing to sound stupid, then you don't deserve to be in love."
- daquele filme A Lot Like Love, depois da parte que eles cantam no carro e compram cheetos no posto

"Love is a losing game"
- pela amável Amy Winehouse

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Às vezes, enquanto ando pela rua, vejo alguém interessante. O cabelo e o estilo me agradam, e meus olhos não o desgrudam, enquanto eu sigo meu caminho. Algumas dessas vezes, porém, enquanto meus olhos permanecem intactos na direção de algum algúem-interessante, esse alguém-interessante está andando na direção oposta à minha, e uma placa ou propaganda impede que eu consiga ver seu rosto.
É tão agoniante. Ali está um cara interessante com o qual eu claramente poderia dar uma flertadinha; algo simples, nada de sério, só para alegrar meu diazinho; mas a placa não deixa. Alguém-muit-interessante pode estar logo ali, ter um cabelo lindo e ser muito estiloso, mas a placa não deixa. Enquanto eu vou para um lado e o alguém-interessante anda para outro, a placa faz questão de cobrir todos os ângulos pelos quais eu poderia olhá-lo nos olhos.
Hoje, voltando para a casa do meu avô, depois do almoço, foi justamente isso que aconteceu. Eu, desta vez, em vez de me inclinar um pouquinho para trás (eu até que ainda me pergunto se o rosto dele combinava com o cabelo bagunçado à la Strokes), continuei andando.
Isso porque a verdade -e lá vem mais um pouquinho de gayzisse- é que eu ainda estou apaixonada, e que nenhum desses flertezinhos bobos parecem ter mais importância para mim.
Enquanto andava, me dei conta de que se for para ser, vai ser, e nenhuma placa ou propaganda (metaforicamente falando) vai impedir isso. Nem que eu tenha que dar uma inclinadinha metafórica para trás. O que eu estou totalmente disposta a fazer.
O mais engraçado é que seu cabelo não é à la Strokes, e que, se eu te visse na rua (agora não-metaforicamente falando), meus olhos desgrudariam de você rapidinho.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

"Já vi vários beijos em baladas se perderem por aí... Mas, um beijo no supermercado, na seção de coisas para cabelo, me parece algo que nunca mais se perde..."

O texto inteiro aqui.


ALIÁS, visitar esse site/blog/seiláoque aí de cima super vale a pena, principalmente numa tarde fria e chuvosa como a que eu estou vivendo nesse exato momento.

Bem, a verdade é que o que eu estou vivendo nesse exato momento não é mais uma tarde, e sim uma noite fria e chuvosa. Já são 20h34, e outra verdade é que eu deveria estar estudando para a prova de biologia que tenho amanhã. Essa costumava ser minha matéria preferida, mas, hoje, pelo menos, nós duas não estamos nos dando muito bem.
Não sei dizer direito o que houve. Quem sabe isso se deve ao fato de meus pensamentos estarem constantemente se desviando, ou em direção a comidas em geral ou àquela-outra-coisa-não-biológica-que-vem-monopolizando-minha-mente-e-enchendo-meu-blog-de-posts-gays-esses-últimos-dias... Ou quem sabe seja simplesmente porque a matéria, que costumava me fascinar por mostrar o quanto o corpo humano é maravilhoso, trata de lombrigas.

O que eu sei é que, a essa altura do campeonato (estou adotando muitas expressões-linguísticas-do-meu-pai ultimamente), qualquer coisa é mais interessante do que o ciclo do Schistosoma mansoni.

Tenho de admitir que qualquer coisa é sempre mais interessante do que o ciclo do Schistosoma mansoni. Em qualquer altura do campeonato.
(A não ser que você esteja com esquistossomose. MAS, fique sabendo que as medidas preventivas para essa doença são: NÃO SE BANHAR EM ÁGUAS DESCONHECIDAS, "EVACUAR" EM VASO SANITÁRIO, CRIAR PEIXES QUE COMAM CARAMUJOS) (Olha, até que estou sabendo algumas coisas para a prova) (Tá bom, eu copiei do meu resumo)
(MEU DEUS, EU TENHO QUE ESTUDAR)

sexta-feira, 8 de outubro de 2010


quinta-feira, 30 de setembro de 2010

I hate the way being in love had made me forget about myself esses últimos dias.

É ridículo. Já é hora de eu voltar a passar horas lendo revistas femininas, passar meu fio-dental com o tempo necessário, esfoliar meu nariz, minhas bochechas e minha testa semanalmente; fazer yôga e realmente me concentrar, andar na rua ouvindo músicas não-românticas no meu iPod, e falar sobre assuntos mais interessante com minha melhor amiga, que, a essa altura, já deve estar com vontade de me bater, de tanto que eu falo disso.
Mas bom.
Agora, acabou a farra. (Como já diria meu pai)

quinta-feira, 23 de setembro de 2010




I know, I know this is a crime
but I don't know what else to do



Eu virei uma MÁQUINA de posts gays.

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Foi quando a Voz do Brasil começou a tocar que desligamos o rádio. A partir daí, o silêncio reinou no carro. Eu e minha mãe, de cabelos sujos e completamente exaustas, estávamos prestes a chegar em casa antes das oito da noite pela primeira vez em muitos dias úteis, e, até o momento em que ela recebeu uma ligação de seu chefe, eu estava muito satisfeita, pensando nisso. Pensando em como eu estava ansiosa para chegar em casa, colocar meu pijama, fazer um queijo quente e um chazinho, passar fio-dental com a calma necessária antes de escovar meu dentes, esfoliar bem meu nariz, minha testa e minhas bochechas e ir dormir antes das 9.
Mas, depois dos primeiros 5 minutos da ligação (que durou aproximadamente 15), aquele assunto que vem ocupando por completo minha mente nos últimos tempos voltou à tona. E foi inevitável chegar em casa e escrever aqui, em vez de passar fio-dental com a calma necessária ou esfoliar minhas bochechas. (O queijo quente e o chazinho simplesmente não puderam ser excluídos da minha lista-de-atividades-a-fazer-quando-se-chega-em-casa-antes-das-8, e alguma coisa tinha que ser, para eu conseguir, pelo menos, dormir antes das 9h30).
Mas então.

No começo desse ano, em uma das raras conversas por msn que eu e minha prima cearense temos (todas envolvendo relacionamentos), ela me disse uma frase da qual nunca me esqueci. Eu estava falando sobre um cara com o qual estava saindo, sobre como ele era interessante e beijava bem, mas nunca me ligava durante a semana. Ela, depois de muitos hmms e ahams, me disse para deixá-lo de lado.
"Mas eu gosto dele", foi o que eu lhe respondi. "Eu não queria gostar dele, mas aconteceu, sabe?"
"Ah, eu sei que gosta. Mas é bem isso, sabe. Eu sei que não tem que querer para gostar de alguém. Mas tem, sim, que querer para conseguir não gostar."
Quando ela me disse isso, eu fiquei encantada. Pareceu tão fácil. É só isso. É só eu querer não gostar, é simples.
Só que não é. Pelo menos não para mim.

Quando é esse momento? Quando é que sabemos que queremos "parar de gostar de alguém"? Nas vezes em que estive apaixonada, esses momentos nunca foram interessantes. Eu nunca soube pular fora na hora certa. Sempre esperei até o último momento. Aquele momento onde fica realmente claro que não dá mais. Aquele em que ele tira sarro de mim publicamente, ou começa a ficar com minha melhor amiga, ou, last but not least, aquele em que eu o encontro num almoço a dois com outra, em pleno feriado. Quando momentos como esses chegam, fica claro. Nesses momentos, eu tive uma vontade genuína de não gostar mais desses caras. E, realmente, minha prima estava certa. Funcionou.
Mas, deveria ser diferente, dessa vez. Sabe, eu deveria ter aprendido alguma coisa, depois das tantas vezes em que quebrei a cara. Mas não.
Eu continuo me esforçando, tentando fazer ele perceber, querendo passar tempo com ele enquanto me torturo por não poder tocá-lo. Continuo tendo aquela esperança, tentando ler os sinais, justificando o que ele faz de ruim, me deixando passar tempo demais pensando nele e não tendo vontade de deixar de gostar dele.

E o que é que eu vou fazer?


E a primavera começa bem para os curitibanos...

domingo, 19 de setembro de 2010

é...

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Grande parte do tempo, eu odeio o fato da maioria dos livros, poemas e músicas do mundo tratarem de amor.
Mas acho que quem sabe agora eu entenda um pouco melhor os autores de todas essas manifestações amorosas. Porque, meu Deus, essa merda consume todos os meus pensamentos.
Eu venho não conseguindo entender absolutamente nada do que meu professor de física diz.
Eu venho, na verdade, não me esforçando nenhum pouco para entender o que não só ele como também tudo o que praticamente todos os outros professores dizem.
E me sinto tão idiota, e tão feliz ao mesmo tempo.
Ai ai.

sábado, 11 de setembro de 2010

Hoje, depois de uma noite muito bem dormida (e muito "bem sonhada"), acordei me sentindo uma ligadora. Sabe tipo como?

Por falar nisso, tenho que ir na Claro reclamar. Meu celular NUNCA pega. Sempre quando alguém me liga, eu passo uns quinze segundos dizendo alô sozinha antes de entender quem é que está no outro lado da linha e de chegar à parte do "tudo bem".
Mas não vou ficar aqui falando de problemas telefônicos, já que tenho melhores coisas para fazer, como comer pão integral com geléia de uva ouvindo A Fine Frenzy em vez de Katy Perry, que eu ouvi tanto que não aguento mais.
Aí vai minha atual música preferida d'A Fine Frenzy.



Puts, acho que virei dessas que põe musiquinha no blog...
(Mas digo isso melhor sentido que essa frase pode ter.)

sábado, 4 de setembro de 2010

Eu AMO quando assisto a um daqueles filmes incrivelmente bons. Amo sair do cinema me sentindo em uma outra realidade, amo aquele sentimento de preciso-mudar-minha-vida que dura (infelizmente) pouco tempo, depois de assistir a um desses.
Depois de semanas sem ir ao cinema, depois de passar tempo demais tendo como único objetivo, ao ligar a TV, assistir à novela Tititi ou terminar mais uma temporada do meu box de Sex and the City, estou muito satisfeita em ter finalmente assistido "A Origem". Sério.
Queria que esse sentimento de preciso-mudar-minha-vida durasse para sempre. Ou, pelo menos, durasse mais tempo do que eu sei que vai durar.
E queria, também, (depois de ficar querendo deselvolver meu intelecto (foi isso que o sentimento de preciso-mudar-minha-vida me proporcionou, já que eu passei o filme inteiro pensando sobre como o Christopher Nolan deve ser fascinante e inteligente a ponto de escrever uma história daquelas), que anda meio deixado-de-lado (considerando as atividades que eu mencionei no parágrafo anterior e o fato de eu dormir em praticamente todas as minhas aulas de matemática), aqui vai um comentário um tanto quanto femininamente desnecessário:) mencionar o fato do Joseph Gordon-Levitt ser tão mais o meu tipo do que o Leonardo DiCaprio.

quarta-feira, 1 de setembro de 2010



Não sou dessas que põe musiquinha no blog, mas bom, eu já disse no último post, né..

random facts about my current life

First of all: I've been meaning to write.
2. Faz tanto tempo que eu me afastei do computador (and I'm glad), que estou incrivelmente lenta no quesito digitação
3. I've been really enjoying Katy Perry lately
4. I've sort of been in love for a while, and it's weird. I had actually forgotten what all of this feels like. De verdade.
5.I'd been feeling so amazingly good, these last few days, walking around the city and enjoying the weather, enjoying some time alone and being ok with it.. I feel like I don't need this "sort of being in love" thing.
6. But I do. Na escola, para qualquer lugar que eu viro eu vejo um casal, and the reason why it's bugging me EVEN MORE than it usually does (except for the times I see these ugly couples (o que também não falta em minha adorável escola)) is because I wish I could be with that one person. Não é só que eu queria ser um casal. Mas que nós fossemos. And that's weird, and embarassing, but it's true.
7. Vou fazer uma endoscopia pela primeira vez na vida, semana que vem. Acho que eu tenho gastrite ou alguma coisa assim. Só espero que não seja uma daquelas lombrigas nojentas horríveis que eu tanto vejo na aula de biologia. I'd be devastated, wondering com o maior nojo DO MUNDO por quanto tempo isso esteve lá.
8. Estou mmuito mmmuuuito cansada e ansiosa para o feriado.
9. Ai. I'm probably not in love. But maybe I am, sort of.
10. OK, HERE IT GOES. I'm not sort of in love. I am in love.
11. OH JESUS.
12. Então é isso. Adeus e perdão por ter escrito uma lista podre que fala sobre lombrigas, e não um texto decente, exclusivamente falando sobre os nobres sentimentos que eu admiti abertamente para o mundo no item 9. Ok. É isso. Adeus.

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Hoje, no meio da aula de inglês, eu quis fugir de todas aquelas pessoas chatas e pedi para ir ao banheiro. Lá, onde eu esperava conseguir ficar sozinha e me lamentar em paz, acabei encontrando a faxineira.
Foi tão estranho. Enquanto eu estava sentada na privada, fazendo aquele mini-xixizinho que sai quando você vai no banheiro sem estar realmente com vontade, senti uma necessidade inexplicável de contar para aquela velhinha todos os problemas da minha vida.
Foi por isso que, depois de apertar a descarga, abri a porta da cabine e, enquanto lavava minhas mãos, olhei para ela e disse:
"Ai, eu queimei minha língua ontem, tomando chá. Está ardendo um monte."
Ela olhou para mim com uma cara engraçada. Quem sabe porque nenhuma das alunas normalmente fala com ela. Quem sabe porque o que eu tinha acabado de lhe dizer não era nenhum pouco interessante. A única coisa que ela deve ter tido vontade de responder para mim, naquele momento, foi, provavelmente, "QUI BÓM", do mesmo jeitinho irritante que uma fã de Pânico na TV da minha sala diz, toda vez que, na aula de biologia, alguém diz alguma coisa do gênero "Minha tia também tem varizes na perna".
However, "Coitadinha. É muito ruim, né?", foi o que ela acabou dizendo, antes de virar as costas para mim, pegar o seu balde e me deixar ali sozinha, plantada na frente da pia.
Eu estava acabada. Tenho 2 provas todas as sextas-feiras, e eu acabo passando o resto do dia me sentindo meio oi,-estou-morrendo, depois.
E ali estava eu, na frente do espelho, com umas olheiras enormes, com dores musculares (não sei daonde), dor de cabeça, sendo abandonada pela faxineira do banheiro e me sentindo UM TANTO QUANTO oi,-estou-morrendo.
A verdade é que minha língua queimada não representa exatamente os "todos os problemas da minha vida" que eu estava planejando em contar para ela. Mas, the thing is, eu não sei o que está errado. Tudo o que eu sei é que alguma coisa está.
E que, agora, deitar no sofá para comer bolacha, tomar suco de uva e assistir Sex and the City me parece a melhor coisa a fazer.

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Sempre que a seleção brasileira joga, eu torço para que eles consigam marcar o primeiro gol da partida. Isso é porque, normalmente (mesmo não tendo sido bem assim, com a Holanda...), quando nossa equipe começa bem um jogo, ela fica confiante e tem ânimo para continuar bem. Por outro lado, poucas foram as vezes que os vi começar mal uma partida e reagir para conseguir virar o placar.
Esse ano começou bem para mim. Aliás, acho que posso até dizer muito bem. Com uma nova psicóloga, companhias agradáveis, a constante troca de e-mails com minha melhor amiga, bastante tempo para mim mesma e para o tumblr; minhas férias de verão, apesar de chuvosas, foram ótimas e cheias de descobertas. Além disso, mais tarde, quando o ano letivo começou, eu estava animada e bem disposta, querendo aprender e conhecer coisas e pessoas novas. Lembro, inclusive, de ter escrito, na contra-capa do meu caderno do Ursinho Pooh, frases típicas da minha época de tumblriana assídua, como "Fear is the thief of dreams" ou (e essa eu escrevi bem grande e em vermelho, do lado do desenho de um diamante), "I HAVE DECIDED THAT THIS WILL BE A GOOD YEAR."
É claro que alegria, disposição e outros sentimentos tumblrianos não ocupavam meu humor 100% do tempo, e eu ainda tinha meus momentos de questionamentos, solidão e TPM, mas eu tinha conseguido manter tudo sob controle.
Pelo menos até o final de maio, quando o "good year" que eu tinha decidido ter começou a ir por água abaixo.
Assim como a seleção brasileira, e eu já falei sobre isso aqui no blog uma vez, eu costumo ter certa dificuldade em reagir quando as coisas vão mal; dificuldade em levantar a cabeça, quando estou perdendo, e conseguir "virar o placar". E, depois do incidente-do-final-de-maio, foi isso que aconteceu.
O que eu queria era esquecer aquela frase em vermelho na contra-capa do meu caderno, já que levantar a cabeça para virar a merda do placar, onde eu sentia estar perdendo de 234 a 0, me parecia impossível.
Hoje, em agosto, com a cabeça levemente mais levantada do que no final de maio, não sei se posso dizer "eu consegui". Aos momentos de questionamentos, solidão e TPM, foram adicionados alguns momentos onde me sinto totalmente errada e perdida no mundo, e, às vezes, me pergunto se eu ainda não me perdoei, por mais ridículo que isso possa parecer. Mas tento sempre lembrar que a seleção brasileira, apesar dos defeitinhos, é a única penta-campeã do mundo. E, apesar de não estar presente na contra-capa do meu caderno do Pooh, tem uma frase tumblriana que eu nunca consego tirar da cabeça.


terça-feira, 3 de agosto de 2010

"And I mean, you're only human, sabe?"
- Emilie Winter

terça-feira, 27 de julho de 2010

É engraçado que, com esse novo orkut, dá para ver que, quase todos os dias, tem gente entrando, entrando e entrando em comunidades novas, a maioria das vezes tongas e inúteis.
Quanto tempo das nossas vidas a gente desperdiça na frente do computador?
Meu Deus.

domingo, 25 de julho de 2010

"they'll name a city after us"

quarta-feira, 21 de julho de 2010

mais um pouco de inutilidades

Lugares que parecem um tanto quanto cozy e onde eu adoraria estar:







E vejam só quem apareceu na última foto!
Quem diria.

domingo, 18 de julho de 2010

Desde que as férias começaram, eu já fui no cinema 5 vezes, já aluguei 4 filmes, já assisti 2 dos filmes que eu tenho em casa, já fiz 6 aulas de yôga, já passei tardes inteiras com meus avós, já comi que nem uma louca (aliás, acho que esse item da lista "Coisas Que Eu Já Fiz Desde Que as Férias Começaram" até merecia uma lista avulsa, "Coisas Que Eu Já Comi Desde Que as Férias Começaram". Seria uma lista muito interessante), já pensei em sair de noite uns diazinhos, já desisti de sair de noite por falta de companhia, já desisti de sair de noite por preguiça, já desisti de sair de noite por frio, já passei uma manhã inteira dançando Katy Perry de calcinha no meu quarto (no começo das férias, quando estava suficientemente quente para que eu fizesse isso), já conheci algumas pessoas novas (dentre elas, a nova namorada do meu irmão), já tive bastante tempo para me lamentar por eu não ter um namorado, já tive bastante tempo para me lamentar por não ter ido para a França, já tive bastante tempo para imaginar o que o meu melhor amigo (que foi para a França) deve estar fazendo lá, tempo de rever todas as milhões de fotos que eu tenho no meu computador, tempo para pensar "vou tentar comer menos amanhã" antes de dormir, tempo para ler 160 páginas do livro que eu ganhei sábado passado, tempo para responder 5 perguntas do meu questionário do yôga, tempo de ficar vendo vídeos aleatórios do Lee Pace no youtube e tempo para escrever no meu movimentado blog sobre coisas inúteis como a lista de coisas que já fiz durante a primeira semana das minhas férias de inverno.
E agora, acho que vou arrumar uma das camas do quarto de hóspedes, para dar uma folga para o meu quarto. Antes disso, vou assistir Pushing Daisies, porque estou com saudades e porque o Lee Pace apareceu de surpresa num dos filmes que eu aluguei hoje, e eu tinha esquecido do quanto ele é lindo.

quinta-feira, 15 de julho de 2010


- Post Secret
Eu lembro de ter lido uma frase, durante minha época de tumblriana assídua (faz mais ou menos um ano), que perguntava se você gostaria de si mesmo, se "se conhecesse". "Would you like you if you met you?", era a pergunta, para ser mais exata.
Eu estava conversando com meu avô esses dias (venho passando muito tempo na casa dele), enquanto ele, que adora cozinhar, estava se batendo (no sentido figurado e não literal) com a manivela da máquina de fazer macarrão. Eu estava reclamando do meu pai, dizendo que eu era uma filha boa e nunca fazia nada de errado, e que ele acabava sempre inventando problemas inexistentes para ter do que reclamar. (Ler o que eu acabei de escrever me fez sentir tipicamente adolescente, e eu meio que odeio isso, mas o que eu posso fazer? 1. Eu sou mesmo uma adolescente e 2. Meu pai realmente consegue ser um pentelho, quando ele quer.)
É engraçado o quanto me aproximei do meu avô, esse ano; o quão rápido ele conseguiu passar de o vô-que-ainda-tem-cabelo-e-que-gosta-de-falar-de-política para alguém tão próximo de mim. Próximo o suficiente para olhar para mim, depois da minha declaração tipicamente adolescente, e falar, numa boa, sobre como é errado querer falar de você mesmo. Sobre como nós não temos muito direito de nos auto-julgar. Sobre como quem acaba podendo nos definir de verdade são os outros.
Sabe, meu vô não é um gênio da psicologia. Ele gosta de ficar sozinho, de conversar sobre política e de cozinhar, e tem uma certa dificuldade em manter conversas com mais de uma pessoa ao mesmo tempo, além de odiar ser interrompido enquanto está falando de tal maneira que, quando isso acontece, ele desiste totalmente de contar qualquer que seja a história que ele pudesse estar contando. Mas ele provavelmente está certo nesse aspecto. O aspecto do auto-julgamento, eu quero dizer.
As outras pessoas te julgam como elas querem. Pensam em você como elas - nem que inconscientemente - querem. Lebram das partes de você das quais elas querem lembrar. Mas, no final, é isso que fica, sabe?
Eu posso ter alimentado em mim a consciência de que mudei, do ano passado para cá. De que consigo encarar as coisas de um jeito diferente. De que finalmente consegui parar de querer ser perfeita e fofinha, sendo mais corajosa, menos tímida, e assumindo mais meus erros.
Isso não impediu, de maneira alguma, com que Marta, a chilena de quarenta e poucos anos que faz yôga comigo, exprimissse explicitamente o que ela pensa de mim, essa semana.
"Você no é como as otras meninas da sua edad, é diferente", ela começou a dizer.
Eu sorri para ela, envergonhada. Apesar de a única palavra usada por mim para descrever Marta até hoje ter sido "engraçada", eu gostei de ouvir a opinião dela sobre mim. Isso porque a verdade é que não acho a maioria das meninas da minha edad muito interessantes.
"Você é muito meiga, correta. No é como las otras meninas que son muito...", ela fez uma pausa, provavelmente à procura de uma palavra. "Como posso dizer...?", disse, virando-se para nosso instrutor e esperando que ele encontrasse a palavra que ela estava procurando.
"Perdidas!?", ele sugeriu.
"No, no. Ai, no sei como dizer. Mas las otras meninas no son como você. Son muy decididas."
Meu sorriso começou a diminuir.
"Você é más como mia filha. Sáo más corretas. "
"São meninas de família", interrompeu o instrutor.
"Isso, meninas de família. No como las otras."
Meu sorriso, apesar de ainda estar presente, estava provavelmente um tanto quanto (no sentido figurado e não literal) amarelo, nessa altura da conversa. 1. Será que eles estavam certos? Será que eu era uma "menina de família"? 2. Será que é bom, ser uma "menina de família"?
Bom. De acordo com uma fonte um tanto quanto imbecil, uma menina de família é "aquela estudiosa, educada, prestativa ,q ajuda sempre os outros, não usa drogas e nem se prostituí, mas q é feliz sendo assim...". Apesar de isso totalmente estragar o prazer que eu tenho em poder pensar em mim de um jeito bem melhor do que o descrito acima; a primeira impressão que a Marta teve de mim foi um tanto quanto melhor, um tanto quanto mais completa do que a que eu tive dela. Ela não disse simplesmente "Ah, a Giovana? Ela é muito engraçada..."
Mesmo assim, gosto de acreditar que, se o meu eu-do-ano-passado conhecesse o meu eu-de-agora, "menina de família" não seria o primeiro termo usado para me descrever.
Mas daí voltamos para aquela coisa né, de que tem coisas que não conseguimos mudar em nós mesmos.
Quem sabe eu vá viver para sempre com essa imagem de menina de família nas costas. Quem sabe não. O que eu sei é que não sou menina de família, nem menina-não-de-família. Sou só menina.
E, mesmo não sendo essa a que conta, a imagem de mim mesma que prevalece pra mim por enquanto é aquela descrita por uma frase em inglês, embaixo do meu nome e das fotinhos da Regina Spektor e companhia, ali no lado direito do blog.


quarta-feira, 14 de julho de 2010

Eu estava sozinha em casa. Minha mãe trabalhando, meu pai (ele, um administrador / ciclista nas horas vagas, está estudando arquitetura) e meu irmão na faculdade. Deitada na minha cama, embaixo das cobertas, eu ouvia a lista "B" do meu iPod, num volume bem baixinho. As luzes estavam apagadas. As janelas, abertas; mas lá fora já estava escuro. Mesmo assim, eu podia ver a silhueta da minha cadeira e da escrivaninha, e conseguia ver a piscina e as araucárias lá de fora, por meio daquela visão meio zumbi que a gente tem, quando fica de olho aberto por muito tempo no escuro.
De repente, ouvi o barulho da porta da frente se abrindo. Era provavelmente minha mãe. Me lamentei. Não queria que ela estragasse aquele meu momento de estou-curtindo-minha-solidão.
Eu podia ouvir ela subindo as escadas. Ela estava se aproximando de meu quarto. Então, abriu a porta. Eu fingi estar dormindo. Ela me deu um beijo, voltou a fechar a porta do meu quarto, e foi embora. Nem ao menos fechou as persianas.
Quando percebi que ela não ia mesmo voltar, re-abri os olhos. Começou a tocar Leona Naess no meu iPod. Olhei as luzes discretas que iluminavam tudo lá fora. Olhei para a parede do meu quarto. Me cobri até o pescoço, me enrolei que nem uma múmia e fiquei ali, deitada. Nem dormindo, nem acordada de verdade.
E daí eu pensei. Será que é verdade?
Is happiness only real when shared?
"Talvez atingir esse estado de bloqueio fosse uma conquista. Talvez conviver bem com uma pessoa fosse compreender não o quanto ela se parecia com a gente, mas o quanto não era a gente - e, assim, admitir, como tão raramente fazemos uns com os outros, que o sujeito esparramado do outro lado, no sofá, estava de fato presente."
- O Mundo Pós-Aniversário

domingo, 11 de julho de 2010


QUERO TER UMA FILHINHA IGUAL À BONNIE DO TOY STORY

sábado, 10 de julho de 2010

so, if the answer is no, can I change your mind?

domingo, 4 de julho de 2010

Eu li no meu livro "A Saúde das Preguiçosas" (juro que tenho esse livro, mas é em francês, "La Santé des Paresseuses") que a noite é o pior momento para você parar e refletir sobre sua vida, sobre seus problemas. Sei que isso parece não ter muito a ver com saúde, mas, no livro, a Anita Naik (é a autora, and I just really like her name) passa bastante tempo falando sobre stress, sobre como ele afeta nossa saúde, e sobre maneiras eficazes de evitá-lo, como, por exemplo, pensar nos seus problemas pela manhã, e não pela noite, já que você estará menos cansado e acabará pensando em menos coisas estressantes.
Bem, agora é 1h20 da manhã, é noite, sábado à noite, acabei de deitar na minha cama e, quinze minutos depois de desligar a luz, acendi ela de novo, levantei e fui à procura de um caderno e de uma caneta.
É engraçado, porque a noite, o período do dia onde você, segundo a senhora Naik, se estressa com mais facilidade por estar cansada, o período do dia onde você deveria evitar sentar e ficar pensando sobre sua vida, é o período do dia em que eu me sinto mais inspirada para sentar e escrever.
Quem sabe é a escuridão lá fora, o silêncio (pelo menos aqui, dentro do condomínio), ou o fato de todo mundo aqui em casa já estar dormindo. A noite me inspira. Ter um caderninho em cima do meu criado-mudo sempre me fez bem. E, quando escrevi meu livro, em 2008, era sempre à noite que rendia mais. Aliás, acho que eu escrevia à noite.

Bem, já estou quase no fim de uma página do meu caderno de química do ano passado, agora, e, para falar bem a verdade, não fiz nenhuma das reflexões sobre a minha vida que eu estava pensando em fazer, quando re-acendi as luzes do meu quarto.
Quem sabe eu seja influenciável demais, e tenha comprado mais essa teoria da Anita Naik (além da teoria de comer pouco e a cada 3 horas (que eu estou, na verdade, tendo uma certa dificuldade em aplicar na vida real), a de tomar muita muita água e a de fazer um pouquinho de esporte todos os dias (não vou nem falar sobre essa... bem, estou tentando)), sem nem perceber.
Mas acho que, na verdade, a razão de eu estar me contendo, tentando não escrever sobre essa minha vida, é o fato dela andar confusa demais. O fato de eu estar me estressando a qualquer hora do dia, na verdade, em que paro e sento para pensar nela.
E eu tenho mesmo esse dom de escrever sobre nada quando eu quero. Encheção de linguiça. Ajuda bastante nas aulas de redação. Mas eu acredito que não ajuda muito, agora. Quem sabe eu deveria simplesmente parar com isso, e encarar as coisas de frente.

Mas, de um outro lado, será que escrever sobre isso ajudaria, de qualquer jeito?
Eu deveria evitar esse stress.
Eu deveria dormir.
Mas, antes, acho que eu deveria descer comer.
Estou com desejo de chocolate, e já faz mais de 3 horas que eu comi pela última vez.

terça-feira, 29 de junho de 2010

"look, tom, it's easy..."

Não é TPM, e disso eu tenho certeza, já que, hoje, a cólica me acordou às 5h30 da manhã e me avisou que estava prestes a começar mais uma semana-mais-gostosa-do-mês para mim.
Maybe it's this book I'm reading, cause that Holden guy is really depressing.
All I know is that, boy, I'm feeling lonely. And weird. And I've been judging people a lot, which is annoying.
I wish I could just turn around and ask the guy who sits next to me in class all of these things that bug me, I wish he'd know exactly what to tell me, I wish he'd answer all of these stupid questions just as fast and certain as he does when I ask him what day it is.
Agora estou na aula de física, com uma cólica do cão, morrendo de sono, sem energia nem força de vontade para tentar entender o que o professor está falando. Instead, estou aqui me lamentando e pensando em como, uma vez, num filme de quando a Dakota Fanning ainda era fofinha e fazia filmes interessantes (aliás, agora é irmãzinha dela que está ocupando essa posição) e a Brittany Murphy ainda estava viva, ouvi dizer que as pessoas sempre vão te decepcionar, e que você precisa fazer alguma coisa para você, alguma coisa que te faz bem, to like, get you going.
Only, God, that is just so confusing. To me, it feels like there's such a thin line between not caring about other people and caring too much, between being auto-suficiente and being a huge, anti-social, pain in the ass.
Plus, I don't know what I can do, I don't know what could help me, and get me going, and everything. Because, now that I think about it, I don't think I'm particularly good at anything.
Take my dad, for example. Ele, numa discussão familiar ocorrida esse fim de semana mesmo, disse ter uma paixão inexplicável pelo ciclismo desde que era mais novo do que eu. Que essa paixão é uma coisa que vem de dentro dele. Que não, mesmo depois de mais um acidente, ele não ia parar. It got my mom pretty damn mad, essa declaração, but it also got me thinking: será que todo mundo tem isso?
Comecei aula de yôga a um mês, e estou tendo tanta dificuldade... Maybe one day, eventually, I'll be good at it. I really hope so. I really hope that, one day, it becomes, to me, that little-thing-that-gets-me-going. And, if ever it isn't yôga, that little-thing-that-gets-me-going, well, then I just hope I find out what it is.
Because the only thing I am actually good at is writing. And, if you think about it, even though the writing does help me, não é uma atividade auto-suficiente, because someone will always have to read it. It sort of feels incomplete, if no one reads it.

Oh God. Maybe it's just me. It's probably time I stop being such a pussy (I like using that word after a scene where Tom's little sister says it to him in 500 Days of Summer) (estou muito filmeira hoje.. Mais cedo, na aula de inglês, I was thinking of how, in the end of the Princess Diaries, Mia tells Michael she loves him because he saw her when she was invisible. That's just so dumb. First of all, it's no reason to love someone. Ok, maybe it is, I don't know. But the thing is (e isso ia ser o "second of all"), you can't see someone who's invisible. And I mean that literalmente e metaforicamente falando).
Anyway, I was talking about my being-a-pussy-ness.
Maybe it really is time I stop being such a pussy. 'Cause the writing really did help. It just made me feel a little better, and a little less of a pussy. E meu melhor amigo acabou de me dar uma carta. E ele nunca escreve cartas. E, que bom, que tem pessoas como ele na minha vida. No meio de tantos tantos tantos pussys.

sábado, 26 de junho de 2010

Meu Deus.
É tão fácil para mim, esquecer de tudo.
Acreditar em outra coisa.
Deixar tudo para trás, comprar a ideia de um outro qualquer, sem me dar conta.

E é tão estranho.

E agora eu estou vendo fotos do dia em que comprei uma regata azul, lá na França. Agora ela está toda cheia de bolinhas, encardida, velha.

E a vida é tão engraçada.
2 horas atrás, eu estava andando sozinha pela rua. Parei e decidi tirar umas fotos da Praça do Japão. Passou um ciclista um tanto quanto bonito e me paquerou. E o sol estava se pondo, e o ciclista era realmente bonito, e foi um daqueles momentos gostosinhos da vida.
1 hora atrás, eu estava morrendo de calor, suando feito uma porca, voltando para casa do meu vô andando pela Visconde, revoltada por ter gastado 15 reais para ir numa festa junina onde eu só fiquei por meia hora. Pelo menos eu comi bastante.
Agora, estou com dor de barriga, vendo fotos de quando eu morava na França, em 2007, e pensando no quanto eu mudei e no quanto eu vivo me esquecendo de quem eu já fui. E no quanto eu amo reviver tudo isso.

E no quanto a vida é estranha.
E engraçada, e imprevisível.

sábado, 19 de junho de 2010

happy happy (cheesy cheesy)

Estou tão feliz.
Incrivelmente, por ter ido dormir super cedo ontem de noite.
Por ter acordado 8h30 porque eu QUIS.
Por ter aproveitado minha manhã tomando um café e comendo torrada, tomando solzinho na sacada, ouvindo música.
Por ter decidido, depois disso, that I had to make an effort and work on this hate relationship I have with my house.
Por ter tomado um banho enrolado, por ter raspado minhas pernas depois, e passado nas minhas canelinhas o hidratante que eu passo, normalmente, no final de todos os dias no verão. Aquele cheirinho me deu boas lembranças.
Por ter comido macarrão alla carbonara no almoço, e tomado sorvete no Freddo depois.
Por ter hung out in my underwear praticamente o tempo inteiro em que eu estive em casa. Porque, incrivelmente, hoje estava suficientemente (e finalmente) quente para que eu fizesse isso.
Por poder, agora, ir lá embaixo, comer pão com requeijão, e depois subir e ler meu livrinho, na cama, sem nenhum compromisso.

Wow, I'm so proud of myself for making a list of happy things only.
It was just such a happy little day.
Meu vô sempre diz que depois da tempestade tem a calmaria, sei lá, uma coisa assim.
I guess it really is true.



Aliás, olha qui lindu meu novo mural e minha parede, que eu
FINALMENTE PINTEI DE AZUL!
Ay ay...

sexta-feira, 11 de junho de 2010


Me obriguei a apagar o último post.
"Românticos só se ferram"...

A verdade é que todo mundo se ferra, às vezes.
E eu sou só mais uma.
Romântica ou não-romântica.

Mas, sim, provavelmente romântica.

domingo, 6 de junho de 2010

"já não quero ser mulher de homem nenhum,
quero ser mulher para mim,
ser quem eu quiser

já não quero ser mulher de homem, não,
homem que, por final,
leva um falso amor"


Definitely.
Made-up romance.

sábado, 5 de junho de 2010

made up romance !?

sexta-feira, 4 de junho de 2010

oh boy II


quinta-feira, 3 de junho de 2010

OLD QUOTES FROM THE BLOG

SADNESS IS EASIER BECAUSE IT'S SURRENDER.
I SAY: MAKE TIME TO DANCE ALONE, WITH ONE HAND WAVING FREE!
- Claire Colburn em Elizabethtown

'cause people are just people,
people are just people,
people are just people like you
- Regina Spektor (ooh I miss her)

Sometimes I can hear my bones straining under the weight of all the lives I’m not living
- Jonathan Safran Foer

I’m far from fearless. I’m afraid of everything. But maybe when you’re afraid of everything, it sort of seems like you’re scared of nothing.
- Natalie Portman

I think there is something beautiful in revelling in sadness. The proof is how beautiful sad songs can be. So I don’t think being sad is to be avoided. It’s apathy and boredom you want to avoid. But feeling anything is good, I think. Maybe that’s sadistic of me.
— Joseph Gordon-Levitt

Until a person takes responsibility for where he is, there is no basis for moving on. The bad news is that the past was in your hands, but the good news is that the future, my friend, is also in your hands.
— Andy Andrews

Everything passes, everything changes. Just do what you think you should do.
- Bob Dylan

It is a risk to love. What if it doesn't work out? Ah, but what if it does.
- Peter McWilliams

Don't second guess your feelings, you were right from the start.
- Jaymay

MAKE ONE PERSON HAPPY EACH DAY, EVEN IF IT'S YOURSELF.

(E elas ainda servem. Is it because I'm making the same mistakes all over and over again?)
Esse post foi gay.
I've been really obsessed with all that "being myself" crap lately. It's stupid, because you shouldn't actually worry about something like that. It's one of those things that should come naturally, just like the biology teacher said about breathing and the heart beating and our kidnees working. (I've been really enjoying biology lately).
The thing is, my true self is now a mess. I'm such a huge mess. I am. I'm a mess when I'm around other people and I "can't be myself". I'm a mess when I get annoyed by things I, apparently, shouldn't get annoyed by (which is certanly not "being myself", which is now getting me a little annoyed and making me think I have a mental problem). I'm a mess when I'm home alone, feeling sorry for myself, watching the Big Bang Theory, and then Friends, and then eating like a crazy obese person. (And man, I'm so seriously lucky I can do this - eat like a crazy obese person - and not get fat. Because, you know, sometimes, it's good, eating like a crazy obese person). I'm a mess when my mom gets home from work and asks me what happened and why I'm not treating her well, and I just start crying, and I don't know if I can tell her what's really going on with me. Not because I'm hiding it from her or anything, but because I don't know if I can actually tell at all why all of this is happening.
It's just, everything felt so so wrong after our last fight. I wasn't feeling well.
And so, Giovana, the little girl who likes to think of herself as a feeling-lover, the little girl who thinks we need being sad as much as we need being happy, just wanted to run away from feeling that miserable. Only she ended up making everything much, much worse.
And now here she is. And now here I am.
So now, I can either go and take care of myself, or go back to bed and watch TV and blame my parents, my not-going-to-Paris, or even the annoying ending of a movie for my misery.

Except, hey, I may be a mess, and it might be really hard, and take a lot of força de vontade, but I am working on making it all go away.

domingo, 30 de maio de 2010

It's weird, sometimes I worry SO MUCH about what other people think that I forget to watch life through my own eyes..
Today I sort of reminded myself of my point of view, and I missed it. And I like it. And I want it back.

domingo, 23 de maio de 2010

still, 'everything happens for a reason'
is no reason not to ask myself if I am
living it right

am I living it right?

segunda-feira, 17 de maio de 2010

insane & young


ponto de vista


sim ou não?

Depois de assistir tantos episódios de Sex and the City seguidos, I can't help but wonder (aha): wouldn't it make you a little guilty to live a life like Carrie's?
Na verdade, acho que eu gostaria, mas after a while, wouldn't you wanna go back to being a normal person and having to do things other than shopping, writing and talking to your friends about guys and sex?

I, for instance, deveria estar me preocupando com minhas provas de matemática e física, and, instead of feeling guilty por não estar fazendo isso, I'm sitting here and wondering how guilty I would feel if I were Carrie Bradshaw.

E, sabe o que eu poderia muito bem estar fazendo?
O que eu vou fazer agora.



meu priminho é o nenem mais fofo do mundo

domingo, 16 de maio de 2010

I hate those little awkward moments quando
  • eu me concentro demais na minha respiração e não consigo respirar direito
  • estou falando com alguém e percebo que eles me olham muito no olho.. Eu só consigo prestar atenção nisso e acabo esquecendo de prestar atenção no que eles estão falando
  • desço a escada e penso que não tenho onde colocar minhas mãos, daí elas ficam balançandinho nesse jeito estranho.

I hate it that I don't really know how I feel about you, I hate it that it's probably because I'm scared of falling in love again.
I hate it that actually, maybe all of this is because of this completely random guy who likes cool songs and is almost 30 years old that I met 2 weeks ago.
And, wow, writing this down just made me feel really stupid.
I hate the fact that it's probably the truth, though.

Bem, Na aula de biologia, estudando o sistema respiratório, meu professor falou sobre como a respiração é controlada pelo bulbo, e não pelo cérebro. Isso quer dizer que respirar não é algo que você tem que ficar pensando em fazer o tempo todo, é uma coisa que comes naturally enquanto você vive sua vida.
And I feel like that's an amazing metaphor for me.

what do I do

what do you do when you know something's bad for you but you still can't let go?

segunda-feira, 10 de maio de 2010

E ATÉ QUEM ME VÊ LENDO JORNAL NA FILA DO PÃO SABE QUE EU TE ENCONTREI...

quarta-feira, 28 de abril de 2010

tentativa frustrada de me animar

Eu estou tão tão tão cansada.
A pilha de roupas em cima da minha cadeira (que foi transferida para a cama, agora que estou usando o computador) vem crescendo significativamente nos últimos dias.
Eu só tenho tempo de pensar em escola, trabalho, organizar isso, procurar aquilo..
Fico com preguiça de tudo. Até de ser legal com as pessoas.
E você, pelo jeito, ficou com preguiça de me ligar.

Mas, BEING TIRED IS NO EXCUSE.
A solução é força de vontade.
E quem sabe uma sonequinha antes de ter que voltar para a escola, construir um submarino para a aula de física.
Ai ai.

terça-feira, 20 de abril de 2010




segunda-feira, 19 de abril de 2010

sobre a felicidade II (ou sobre minha psicóloga, sobre quem nós somos, sobre atitudes dos BBBs)

Ao mesmo tempo que adoro, quando minha psicóloga me apresenta hipóteses nas quais eu nunca teria pensado sem ela, isso me faz sentir cada vez mais incapaz de chegar a conclusões interessantes sozinha. Quem sabe porque as conclusões nas quais eu chegava antes de começar minha análise com ela eram meio irrealistas - e iDealistas -, quem sabe porque ela deve estar espertamente me tornando cada vez mais dependente a ela, a cada consulta. But I do strongly believe in the first option, so.
Anyway, semana passada falei com ela sobre uma angústia que estava me encomodando durante um mês inteiro (não sei por que eu disse "estava", ainda é muito cedo para saber se essa angústia foi efetivamente embora ou não), sobre idealizações e sobre minha eterna vontade de me definir e saber quem eu sou.
Agora isso me lembrou algumas coisas que têm muito a ver com minha última consulta, como o fato das atitudes de um BBB no programa, por exemplo, não combinarem exatamente com o que eles escrevem naqueles perfis que eles têm de completar no site, falando seus filmes, frases, cantores preferidos, e como eles pretendem ganhar o prêmio e blablabla.
Me lembrou também de como eu sempre pensava em como as pessoas pareciam diferentes em seus blogs, perfis do orkut, entre outros, do que na vida real, no dia a dia, nas atitudes.
O idiota estranho é que eu sempre pensei que isso acontecia porque as pessoas viviam as vidas delas esquecendo quem elas eram de verdade, ou, escondendo quem elas eram de verdade.
It pains me to say that minha psicóloga teve grande grande importância na minha chegada a essa conclusão, mas...
É confuso e difícil perceber a diferença entre quem você é e quem você quer ser, entre o que você consegue e o que é impossível ser mudado em você mesmo.
The thing is, agora eu vejo claramente que a maior e mais feliz conquista na vida de alguém, é simplesmente conseguir ser você mesmo, verdadeira e plenamente, em cada momento e em cada gesto. Sincera sincera sinceramente.


E.. Quem sabe algo tenha interferido nessa minha conclusão tão meiga sobre a vida, além da minha psicóloga.
Estou apaixonada.
ay ay

quinta-feira, 8 de abril de 2010


I WANNA GO TO PARIS SO BAD

made up romance

É estranho pensar que, agora, você é só mais um amigo no meu perfil do orkut.
Quem sabe um dia você olhe minhas fotos, leia meus recados.
Mas disso, provavelmente, não passa...

É estranho pensar que, agora, você praticamente só faz volume no meu msn.

E eu provavelmente deveria parar com essas coisas virtuais.
Porque o estranho mesmo é pensar que provavelmente nunca mais vou te ver.
Que você não vai mais ligar.

Se bem que, agora que eu penso, você nunca ligou.

quarta-feira, 31 de março de 2010

honey you've been on my mind
like christmas and birthdays when I was
5

sábado, 27 de março de 2010

I remember when I told her everything. Instead of being excited, all she could say when she looked at me was "Well, that's great. But you shouldn't get your hopes up."
I hate her for that.
I hate her because she knows I can't not get my hopes up.
And I hate her because now that things turned out a little different than what I expected, I don't know what to do.

Seriously.
I feel awful.

sexta-feira, 12 de março de 2010


segunda-feira, 8 de março de 2010

the carrie diaries

They say a lot can happen in a summer.
Or not.
It's the first day of senior year, and as far as I can tell, I'm exactly the same as I was last year.
And so is my best friend, Lali.
"Don't forget, Bradley, we have to get boyfriends this year," she says, starting the engine of the red pickup truck she inherited from one of her older brothers.
"Crap." We were supposed to get boyfriends last year and we didn't. I open the door and scoot in, sliding the letter into my biology book, where, I figure, it can do no more harm. "Can't we give this whole boyfriend thing a rest? We already know all the boys in our school. And—"
"Actually, we don't," Lali says as she slides the gear stick into reverse, glancing over her shoulder. Of all my friends, Lali is the best driver. Her father is a cop and insisted she learn to drive when she was twelve, in case of an emergency.
"I hear there's a new kid," she says.
"So?" The last new kid who came to our school turned out to be a stoner who never changed his overalls.
"Jen P says he's cute. Really cute."
"Uh-huh." Jen P was the head of Leif Garrett's fan club in sixth grade. "If he actually is cute, Donna LaDonna will get him."
"He has a weird name," Lali says. "Sebastian something. Sebastian Little?"
"Sebastian Kydd?" I gasp.
"That's it," she says, pulling into the parking lot of the high school. She looks at me suspiciously. "Do you know him?"
I hesitate, my fingers grasping the door handle.
My heart ponds in my throat; if I open my mouth, I'm afraid it will jump out. I shake my head.
We're through the main door of the high school when Lali spots my boots. They're white patent leather and there's a crack on one of the toes, but they're genuine go-go boots from the early seventies. I figure the boots have had a much more interesting life than I have. "Bradley," she says, eyeing the boots with disdain. "As your best friend, I cannot allow you to wear those boots on the first day of senior year."
Too late," I say gaily. "Besides, someone's got to shake things up around here." "Don't go changing." Lali makes her hand into a gun shape, kisses the tip of her finger, and points it at me before heading for her locker.
"Good luck, Angel," I say. Changing. Ha. Not much chance of that. Not after the letter.
Dear Ms. Bradshaw, it read. Thank you for your application to the New School's Advanced Summer Writing Seminar. While your stories show promise and imagination, we regret to inform you that we are unable to offer you a place in the program at this time.
I got the letter last Tuesday. I reread it about fifteen times, just to be sure, and then I had to lie down. Not that I think I'm so talented or anything, but for once in my life, I was hoping I was.
I didn'at tell anyone about it. I didn't even tell anyone I'd applied, including my father. He went to Brown and expects me to go there, too. He thinks I'd make a good scientist. And if I can't hack molecular structures, I can always go into biology and study bugs.
I'm halfway down the hall when I spot Cynthia Viande and Tommy Brewster, Castlebury's golden Pod couple. Tommy isn't too bright, but he is the center on the basketball team. Cynthia, on the other hand, is senior class president, head of the prom committee, an outstanding member of National Honor Society, and got all the Girl Scout badges by the time she was ten. She and Tommy have been dating for three years. I try not to give them much thought, but alphabetically, my last name comes right before Tommy's, so I'm stuck with the locker next to his and stuck sitting next to him in assembly, and therefore basically stuck seeing him—and Cynthia—every day.
"And don't make those goofy faces during assembly," Cynthia scolds. "This is a very important day for me. And don't forget about Daddy's dinner on Saturday."
"What about my party?" Tommy protests.
"You can have the party on Friday night," Cynthia snaps. There could be an actual person inside of Cynthia, but if there is, I've never seen it.
I swing open my locker. Cynthia suddenly looks up and spots me. Tommy gives me a blank stare, as if he has no idea who I am, but Cynthia is too well brought up for that. "Hello, Carrie," she says, like she's thirty years old instead of seventeen.
Changing. It's hard to pull off in this little town.
"Welcome to hell school," a voice behind me says.
It's Walt. He's the boyfriend of one of my other best friends, Maggie. Walt and Maggie have been dating for two years, and the three of us do practically everything together. Which sounds kind of weird, but Walt is like one of the girls.
"Walt," Cynthia says. "You're just the man I want to see."
"If you want me to be on the prom committee, the answer is no."
Cynthia ignores Walt's little joke. "It's about Sebastian Kydd. Is he really coming back to Castlebury?"
Not again. My nerve endings light up like a Christmas tree.
"That's what Doreen says." Walt shrugs as if he couldn't care less. Doreen is Walt's mother and a guidance counselor at Castlebury High. She claims to know everything, and passes all her information on to Walt—the good, the bad, and the completely untrue.
"I heard he was kicked out of private school for dealing drugs," Cynthia says. "I need to know if we're going to have a problem on our hands."
"I have no idea," Walt says, giving her an enormous fake smile. Walt finds Cynthia and Tommy nearly as annoying as I do.
"What kind of drugs?" I ask casually as we walk away.
"Painkillers?"
"Like in Valley of the Dolls?" It's my favorite secret book, along with the DSM-III, which is this tiny manual about mental disorders. "Where the hell do you get painkillers these days?"
"Oh, Carrie, I don't know," Walt says, no longer interested. "His mother?"
"Not likely." I try to squeeze the memory of my one-and-only encounter with Sebastian Kydd out of my head but it sneaks in anyway.
I was twelve and starting to go through an awkward stage. I had skinny legs and no chest, two pimples, and frizzy hair. I was also wearing cat's-eye glasses and carrying a dog-eared copy of What About Me? by Mary Gordon Howard. I was obsessed with feminism. My mother was remodeling the Kydds' kitchen, and we'd stopped by their house to check on the project. Suddenly, Sebastian appeared in the door-way. And for no reason, and completely out of the blue, I sputtered, "Mary Gordon Howard believes that most forms of sexual intercourse can be classified as rape."
For a moment, there was silence. Mrs. Kydd smiled. It was the end of the summer, and her tan was set off by her pink and green shorts in a swirly design. She wore white eye shadow and pink lipstick. My mother always said Mrs. Kydd was considered a great beauty. "Hopefully you'll feel differently about it once you're married."
"Oh, I don't plan to get married. It's a legalized form of prostitution."
"Oh my." Mrs. Kydd laughed, and Sebastian, who had paused on the patio on his way out, said, "I'm taking off."
"Again, Sebastian?" Mrs. Kydd exclaimed with a hint of annoyance. "But the Bradshaws just got here."
Sebastian shrugged. "Going over to Bobby's to play drums."
I stared after him in silence, my mouth agape. Clearly Mary Gordon Howard had never met a Sebastian Kydd.
It was love at first sight...
- Candace Bushnell

AHHHHHHHH EU QUERO MUITO LER!